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Karyme Hass já fez de tudo para
seguir sua carreira.

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Uma nova voz desponta no cenário da música brasileira. Aos 24 anos, a curitibana radicada em São Paulo Karyme Hass impressiona com a singularidade da sua voz e com a força e a autenticidade de suas composições.

A música entrou em sua vida ainda garota. No coral da igreja, surgiu a paixão pela música e ela se desenvolveu tecnicamente. Com o talento reconhecido, estudou canto lírico para encorpar um pouco mais sua voz. De soprano, passou a meso e hoje é contralto convicta.

Karyme Hass é cheia de faces, fases e até disfarces. Como seus pais acreditavam que a carreira artística não era uma profissão adequada, aos 15 anos esperava-os dormir e saía em plena madrugada rumo ao bar onde cantava só pra pegar experiência. As saídas pareciam cena de cinema; maquiava-se no elevador, ganhava a rua vestindo sobretudo e escondendo o cabelo comprido num chapéu.

A estratégia funcionou, Karyme Hass amadureceu profissionalmente e gravou seu primeiro álbum independente, mais conhecido como CD Preto, pois até hoje o mesmo ainda não tem nome. Porém foi com seu segundo álbum independente Tempo de gritar, que Karyme alcançou seu objetivo. O álbum contendo onze faixas, foi enviado para as cinco maiores gravadoras do Brasil, sendo que três delas mostraram um pronto interesse no trabalho da artista.

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Mas foi com a EMI e através do diretor artístico Jorge Davidson, que Karyme Hass assinou seu primeiro contrato. Karyme foi apresentada ao produtor Nilo Romero e no mesmo dia, os dois seguiram para o estúdio de Romero e gravaram Garoto inerte (Karyme Hass, Tony Arruda), faixa que está no seu atual álbum Faces e fases, que nos surpreende a cada faixa, seja pelo conceito musical que une letras fortes e marcantes com melodias e arranjos minimalistas, seja pela mistura de conceitos da moderna MPB e do pop-rock.

O trabalho com o produtor desabrochou ainda na parceria Flor oculta (Karyme Hass, Nilo Romero). Aliás, das 13 faixas de seu álbum de estréia, nove levam a assinatura de Karyme, como Algo mais (Karyme Hass, Tito Bahiense), Estranho estar (Karyme Hass), Tempo de gritar (Karyme Hass e Paulo Dáfilin), Faces e fases, Saindo do inferno, Somos dois agora (Karyme Hass, Paulo Dáfilin, Dall’Acqua, Carlos Fhabian).

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Não sei dizer pra você (Paulo Dáfilin), bem como Teia (Karyme Hass, Paulo Dáfilin, Carlos Fhabian) foram produzidas por Dudu Marotte.

As outras três faixas são: Luz contra luz (Dalton), Junto ao mar (Herbert Vianna), Heavy love (Frejat e Cazuza ).

Este álbum tem como característica marcante ter sido gravado quase inteiramente em pequenos estúdios. Mas que ninguém se engane: o som é grandioso!

Karyme canta ser como a Lua: "Cresço quando eu quero / se eu quero nova posso ficar / coro minha face / mas imponho a vontade / eu me mostro inteira / nunca sou a metade".