Com uma fiança de US$ 4,5 milhões, a Justiça suíça autorizou o cineasta Roman Polanski a aguardar sua extradição aos Estados Unidos fora da prisão. Polanski ficará em seu chalé, na sofisticada estação de esqui de Gstaad. Mas será monitorado de forma eletrônica.

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Polanski foi condenado em Los Angeles por ter tido relações sexuais com uma garota de 13 anos em 1977. Mas logo depois fugiu dos Estados Unidos e desde então passou a viver na França. Há dois meses, viajou até a Suíça para receber um prêmio por sua carreira e acabou preso.

No documento pedindo a extradição, a Justiça dos Estados Unidos deixa claro que sua ideia é de aplicar uma pena de dois anos de prisão ao cineasta. Se o pedido for aprovado pelos suíços, Polanski ainda tem direito a apelar da decisão.

A Justiça da Suíça já havia negado vários pedidos dos advogados de Polanski para que ele aguardasse um julgamento em liberdade. O cineasta chegou a propor que colocaria sua casa na França como garantia. Mas Berna julgou que o risco de uma nova fuga era grande.

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Agora, o Tribunal Penal da Suíça avaliou que as garantias dadas pelos advogados do cineasta eram suficientes. “O tribunal considerou que a fiança, combinada com outras medidas, tais como o depósito de seus documentos de identidade e sua transferência para uma residência sob controle eletrônico, deve ser suficiente para evitar o risco de fuga”, de acordo com a decisão judicial.

Um apartamento de Polanski em Paris também foi deixado como garantia. O Tribunal ainda informou que o cineasta seria colocado sob “constante monitoramente eletrônico” e que um alarme seria instalado em seu chalé para impedir que saia de casa. Em seu pulso, um bracelete eletrônico também foi colocado. Se for retirado, a polícia suíça será imediatamente informada.

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A nova decisão, porém, pode ser questionada pelo Ministério Público da Suíça. Por enquanto, Polanski continua preso. A autorização, porém, não significa que a Suíça esteja revendo sua extradição para os Estados Unidos.