Rio – O ator José Lewgoy, de 82 anos, morreu ontem, às 16h10, no Hospital Samaritano, em Botafogo, zona sul do Rio, de parada respiratória. Ele estava internado desde o dia 4 de fevereiro, com infecção respiratória, na Unidade Coronariana e seu estado havia se agravado nos últimos dias. Gaúcho de Veranópolis, era formado em arte dramática pela universidade norte-americana de Yale e começou sua carreira em 1949, em Carnaval de Fogo, um musical da Cinédia. Foram 105 filmes em 54 anos de atividade em que se tornou o vilão número 1 do cinema nacional. Seu último trabalho no cinema foi no filme Apolônio Brasil, Campeão da Alegria, de Hugo Carvana, com lançamento previsto para maio. Mais uma vez ele vivia um vilão: era um cientista que queria clonar o cérebro do personagem vivido por Marco Nanini. As filmagens foram de julho a setembro do ano passado.
Na televisão foram 23 novelas, nove minisséries e 14 especiais. A última novela foi Força de um Desejo, de Gilberto Braga, em 1999, onde ele era um banqueiro. Lewgoy era solteiro, sem filhos e morava num apartamento na Lagoa Rodrigo de Freitas, zona sul do Rio. Era colecionador de gravuras, com um dos maiores acervos do País, que guardava com ciúmes. Boêmio, era sempre visto nos bares tradicionais do Rio.
