Jornalista paranaense vence prêmio da Funarte

O jornalista Edilson Pereira, de O Estado do Paraná, mais uma vez se classificou no Prêmio Funarte de Dramaturgia. Pereira ficou em segundo lugar com a peça Uma Família é um Negócio. Ele já havia se classificado na edição anterior do concurso, o ano passado, em terceiro lugar, com a peça Sr. Melância quer Mandar. Desta vez foi o único inscrito paranaense a obter classificação dos seis prêmios para a região Sul. Santa Catarina obteve o primeiro e os demais classificados são autores do Rio Grande do Sul.

Os seis classificados em cada uma das cinco regiões brasileiras Sul, Sudeste, Nordeste, Norte e Centro-Oeste nas categorias Teatro Adulto e Teatro para a Infância e Juventude foram divulgados ontem pelo Centro de Artes Cênicas e a Coordenação de Teatro da Funarte. A edição deste ano do Prêmio Funarte contou com a inscrição de 750 peças, nas duas categorias.

Na região Sul, na categoria Teatro Adulto, além de Edilson Pereira, se classificaram Carlos Eduardo Silva com Hemp, em primeiro lugar, e Manoela Paula Sawitzki com Calamidade. Na categoria Teatro para a Infância e Juventude, todos os classificados são do Rio Grande do Sul.

Além de prêmios para os três primeiros classificados em cada categoria, a Funarte vai editar os textos premiados em livros, por região, e promover leituras dramáticas dos textos vencedores nas diversas regiões do Brasil, como forma de difundir os trabalhos premiados.

A comissão julgadora, entre outras pessoas ligadas a atividade teatral e cênica, foi integrada por Fátima Ortiz, atriz, diretora e autora teatral; Samir Yazbek, dramaturgo e autor teatral; José Renato, diretor teatral e fundador do Teatro Arena de São Paulo; Clóvis Massa, ator e diretor teatral; Carmem Gadelha, professora de teatro da Universidade Federal do Rio de Janeiro; Beth Haas, diretora teatral; e Lionel Fischer, crítico teatral, diretor e autor.

Segundo Pereira, a peça premiada é uma alegoria sobre a decadência do afeto. “Na sociedade contemporânea o que importa é resultado, afeto é supérfluo. Este conceito disseminado nas grandes corporações, disseminou para todo tipo de empreendimento, chegando às relações pessoais e ao núcleo essencial da sociedade, que é a família”, diz ele. Resumindo, a peça conta a história de um sujeito que ao chegar em casa encontra um gerente familiar, competente e eficiente, mas de passado nebuloso, para gerir os negócios.

Trata-se de uma critica à sociedade contemporânea, que por trás de sua aparente eficiência, oculta o acentuado declínio de elementos que ajudaram o homem a sair das cavernas e atingir o estágio a que chegou hoje.

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