Considerado um mito da música brasileira, João Gilberto, que foi um dos “inventores” bossa nova, completa neste domingo (10), 81 anos. Dono de uma cultural musical gigantesca, o músico é acesso a aparições públicas e concede pouquíssima entrevistas.
Estreando em 1951, só teve a genialidade plenamente reconhecida com “Chega de Saudade” em 1958. João Gilberto foi divisor de águas na canção popular. Combinando jazz e samba à sua voz rouca e baixa, ele conquistou o Brasil, criou uma identidade para as canções brasileiras e elevou o que era feito em terras tupiniquins ao patamar de arte.
Conhecido pela sua intolerância a ruídos durante suas apresentações, ele já abandonou várias vezes o palco, reclamando do ar-condicionado, da acústica do local e do “insuportável” barulho dos celulares da platéia.
Celebração
A carreira de João Gilberto está documentada em suas músicas e em sua personalidade. Porém, recentemente, duas obras vieram aumentar a figura mitológica e aura de gênio que envolvem o cantor.
No final de 2011, a Companhia das Letras lançou “Ho-ba-la-lá”, biografia escrita pelo jornalista alemão Mark Fisher, que se suicidou logo após finalizar o trabalho e que contou com uma vasta pesquisa. O outro “documento” está previsto para dia 11 de junho, e é o livro “João Gilberto”, organizado por Walter Garcia e editado pela Cosac Naify, contando com depoimentos de Nara Leão, Ferreira Gullar e Vinícius de Moraes.
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