A decisão da Justiça de impedir o desfile do carro alegórico sobre o Holocausto da Escola de Samba Unidos do Viradouro continuou a render comentários hoje, mesmo após o bem-sucedido desfile de ontem da agremiação. O cantor e compositor João Bosco que elogiou o trabalho do carnavalesco Paulo Barros, afirmou acreditar que o carro deveria ter desfilado. Já o ator Paulo Betti afirmou que esse é um assunto delicado para ser abordado numa escola de samba. Bosco e Betti assistiram aos desfiles desta noite da Avenida Marquês de Sapucaí, no Camarote da Brahma. "O carro do Holocausto poderia ter vindo, causaria um arrepio muito parecido com os outros carros, mas a escola fez um belo desfile sem ele", disse Bosco, que torce pela Império Serrano, escola que tenta retornar ao Grupo Especial.

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Para ele, foram arrepiantes os carros da Viradouro que reproduziram uma estação de esqui ou uma invasão de baratas, assim como a ala de tarântulas. O mangueirense Betti disse que o Holocausto é um assunto delicado. "Acho que se as pessoas sofreram com isso, passaram por um acontecimento tão triste, têm o direito de se incomodarem com a abordagem do assunto", afirmou. O ator acredita que "falar sobre o Holocausto no cinema na literatura é uma coisa, talvez em meio a uma festa não seja o melhor momento de se abordar (o assunto)".

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