Talvez você ainda não o conheça, mas pode ter certeza que não vai demorar a chegar o dia em que ele se torne um dos maiores artistas do país. Esse é Jão, nome artístico de João Vitor Romania, um cantor e compositor do interior de São Paulo, que tem 24 anos e é uma das grandes promessas do pop nacional. Com toda sua força, o cantor se apresentou nesta quinta-feira (1) em Curitiba com dois shows cheios, no Teatro Fernanda Montenegro, e que certamente podem ser vistos como um reflexo do que estamos dizendo: não vai demorar a chegar a hora de estourar no país todo.
Trazendo um repertório quase que inteiro com músicas próprias, com exceção de três canções que são de outros artistas, o que é muito difícil acontecer com cantores que estão começando, o rapaz tem visto seu nome aparecer cada vez mais fora da internet, onde começou, e tem sentido cada dia mais forte o poder do seu público, em sua maioria jovens e adolescentes. “Acho que é por muito trabalho, foco, mas também me sinto muito privilegiado porque trabalho com pessoas muito incríveis e o público me abraça de uma forma muito legal”.
Aqui em Curitiba, o cantor, que faz aniversário no próximo sábado (3), ganhou parabéns no show e depois, nos bastidores, até bolo de aniversário recebeu de surpresa dos fãs. “Aqui em Curitiba tem uma galera que me acompanha desde sempre, que estava no primeiro show. Também tem gente que nem daqui é, que vem de outros estados e me acompanha na turnê. Mas eu percebo uma ligação, uma conexão muito forte, eles sabem muito bem disso e é isso que eu levo para frente”, comentou Jão.
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Números grandiosos
Há um ano, Jão lançava suas duas primeiras músicas, Álcool e Ressaca, que logo caíram no gosto do público e hoje em dia têm, juntas, quase 10 milhões de visualizações no YouTube. Depois, já em janeiro de 2018, o cantor lançou outra música, que veio para firmar ainda mais seu começo de carreira e ganhou ainda mais fãs. O single, Imaturo, já tem mais de 20 milhões de players no YouTube e é a música mais conhecida de Jão, que atualmente trabalha com outra nova canção, Vou Morrer Sozinho, que segue o mesmo rumo dos hits anteriores.
Falando em YouTube, Jão se aproxima e muito de grandes nomes já consagrados da música brasileira. Aos poucos ele cresce mais e é no Spotify que a consagração vem em maior representação: são quase 1.500.000 ouvintes mensais, número que pode ser comparado a nomes como Sandy e até mesmo Luan Santana, que tem um pouco mais (cerca de 3 milhões). Na lista de ouvintes mensais, Curitiba está em quarto lugar entre as cinco cidades que mais ouvem o trabalho de Jão, com 66.005 ouvintes.
Para o cantor, um trabalho bem feito é o que faz isso tudo acontecer. “Atribuo a muitas coisas, mas a gente se dedica muito a isso, eu e todo o pessoal que trabalha comigo. Além disso, também respiro e vivo música todos os dias, então, quando vou fazer minhas músicas, é tudo muito cru, é minha verdade que está ali. Acho que as pessoas percebem, compram a ideia, se identificam”, definiu.
Desde o começo, Jão disse buscar ser o mais objetivo possível e também verdadeiro, mantendo sua essência. “Tento falar de tudo de uma maneira muito clara e muito minha, mesmo. As pessoas se identificam demais e a gente tem criado uma sintonia muito fantástica”.
Embora seja um assunto já passado, Jão começou com covers na internet, cantando músicas de outros artistas, mas sempre dando a essas canções a sua cara, o seu jeito de enxergar a música, o que, na maioria das vezes, dava até mesmo um olhar novo ao trabalho. Isso tudo, atualmente, o cantor continua fazendo e muito bem: em Curitiba, Jão interpretou Você Não Me Ensinou a Te Esquecer (Caetano Veloso), Crazy In Love (Beyoncé) e Codinome Beija-flor (Cazuza), em todas elas, cantou de um jeito muito particular e diferente das versões originais.
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Só o começo do sucesso
Apesar de interpretar muito bem os covers, o surpreendente na, ainda pequena, história de Jão é ver o quanto seus fãs já sabem cantar todas – exatamente todas – suas músicas próprias. Elas são, inclusive, os momentos ápices do show. “Quando fomos fazer o primeiro show da turnê, eu estava com muito medo e me perguntava se os fãs cantariam as músicas. Estava nervoso e eles cantaram todas. Queríamos ver, no show, se dava para escolher o próximo single, a partir de alguma música que a galera cantasse mais, mas não deu, porque a galera cantou todas com muito fervor, foi muito gostoso”.
Assim como uma forma muito própria de cantar, o que certamente o difere dos nomes já conhecidos do cenário musical atual, Jão também leva consigo uma energia digna de grandes artistas. Segundo ele, o que ele quer é passar ao seu público a ideia do que ele sempre quis dizer: que você tem que ser você mesmo sempre. “Tudo se resume a você ser quem você é de verdade e ter liberdade de ser, de agir. Quando falo de amor, de sofrer, de sentimentos não tão legais que a gente passa, é você olhando para dentro e vendo que é aquilo que você é mesmo e lidando com isso de alguma forma”, avaliou.
Jão disse também que tenta falar de situações que sua geração vive, talvez por isso tamanha identificação do público com o trabalho. “Acho que uma das razões pelas quais a galera se identifica muito é porque eu falo muito de tudo que a gente passa: todo mundo sofre por amor, todo mundo quer ser aceito de alguma forma, todo mundo passa por alguma situação de abandono, de ciúmes, de se ferrar em alguma situação da vida. Então eu tento passar essa liberdade, de ser quem você é, sempre”.
Se antes de começar a construir sua trajetória Jão buscava produtores através dos contatos que via na internet, de artistas conhecidos, sempre na tentativa de mostrar seu potencial, hoje em dia ele não precisa mais disso. Em breve, até o fim do ano, o cantor deve lançar mais um single, e daqui em diante é só crescimento. Pode ter certeza, que no que depender do bom trabalho e do público que o acompanha, você ainda vai ouvir falar muito desse pequeno nome, mas tão forte: Jão. Veja a entrevista completa:
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