Inspirada nos romances clássicos da escritora britânica Jane Austen, a novela das 18h, da Globo, Orgulho e Paixão, de Marcos Bernstein e direção artística de Fred Mayrink, é recheada de personagens femininas fortes, que sabem se impor em uma sociedade ainda predominantemente machista. Entre essas mulheres que vivem à frente de seu tempo, surge a dedicada médica Mariko, interpretada pela atriz Jacqueline Sato.

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“Essa é uma novela de época, mas que traz um frescor e a minha personagem é precursora do feminismo na trama, pioneira na profissão”, conta Jacqueline, que afirma ser importante mostrar como era essa fase e como se dava a batalha pela igualdade, “mostrando o quanto já se lutou e se avançou”.

Jacqueline interpreta uma médica, de origem asiática, fato que, na época, só aumentava a desconfiança de todos. “Ela sofreu preconceito na faculdade e, depois, nos atendimentos que fazia, pois as pessoas achavam estranho uma mulher médica, algo que hoje em dia é um fato comum”, diz.

Para incrementar ainda mais a trama e mostrar como a situação de Mariko era singular, afinal a novela se passa no início do século 20. “Ela é brasileira com ascendência oriental e une os dois mundos, pois se formou em medicina, mas herdou de família a medicina oriental”, explica Jacqueline. “A Mariko usa também a acupuntura, entre outras terapias orientais nos tratamentos, e claro que isso também sofre preconceito, as pessoas ficavam assustadas, com medo”, conta a atriz, que aproveitou sua personagem na novela para pesquisar e conhecer um pouco mais sobre os seus ancestrais, sobre suas origens.

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“Os primeiros japoneses que chegaram ao Brasil, diferentemente do que muita gente pensa, entraram no País por Florianópolis e por São Paulo”, explica a atriz, que demonstra ter se preparado bem para o papel. “Além de ler e pesquisar sobre a situação da mulher nessa área médica, fiz estudo histórico e também procurei referências audiovisuais, assisti, por exemplo, ao filme Nise – O Coração da Loucura, com Gloria Pires, sobre a médica Nise da Silveira, e à série Call the Midwife, ambos retratam mulheres fortes e determinadas trabalhando na área médica”, conclui.

Jacqueline revela ainda que, assim que viu como seria sua personagem, logo enxergou a irmã, que é médica e tem muito da Mariko. “Você vai ser minha fonte de inspiração e eu adorei e ela está gostando de ver”, disse a atriz para a irmã.

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Ela reforça a importância de Orgulho e Paixão que, dessa forma mais leve, para ela, consegue “colocar essas mulheres no meio dessa história, não fazendo altos discursos sobre o feminismo, pois tudo é visto nas atitudes, na prática, mostrando a importância dessa luta, mas de uma forma que o público receba bem, sem imposição”, acredita. “E é legal poder olhar para trás e ver como eram as coisas, isso dá uma força maior para prosseguir e aproveitar mais as oportunidades.”

“A cada papel que você faz, você descobre um universo novo, pois isso propicia que seu conhecimento vá se ampliando, descobrindo fatos novos, recheando você como ser humano”, afirma, enfatizando que seu objetivo é “ser uma atriz completa, que transita em todas as plataformas”. “Quero experimentar tudo, estou aberta ao novo, a todos os formatos, a tudo o que nos faz crescer para, assim, me tornar uma artista melhor”, acrescenta ainda Jacqueline Sato.

https://www.tribunapr.com.br/blogs/fama-e-sua/com-trama-de-epoca-orgulho-e-paixao-conquista-o-publico/