Isabel Fillardis:
“Já estava sentindo
falta da rotina”.

Isabel Fillardis aguardava ansiosa o seu retorno às novelas. Tanto que, ao receber o convite para viver a massoterapeuta Eurídice, em Começar de Novo, da Globo, ela não pensou duas vezes. Depois de dois anos fora do ar – a última participação foi em A Padroeira, que terminou em 2002 -, ela assume que estava com saudades. “Já estava sentindo falta de viver a rotina diária das gravações”, justifica. Além disso, a atriz garante que foi a insistência dos fãs, que a abordavam nas ruas, que fez com que ela ficasse com vontade de voltar à telinha. “Me perguntavam se eu havia desistido da carreira e ficavam me cobrando para que voltasse a atuar”, recorda.

O tempo em que ficou longe das novelas, porém, serviu para que a atriz pudesse se dedicar por completo à maternidade e dar mais atenção aos filhos Analuz, de três anos, e Jamal Anuar, de um ano e quatro meses. Aliás, o menino nasceu enquanto ela esteve afastada da carreira de atriz. “Foi bom para poder curtir e ficar ao lado deles em tempo integral”, pondera, entre risos. Isabel revela que educar não é uma nada fácil, ainda mais quando se está na fase em que eles querem exclusividade. “Eles me cobram muito e precisei abdicar de alguns projetos em virtude disso”, completa.

Na pele de Eurídice há quase dois meses, Isabel ressalta que finalmente a personagem de Começar de Novo está começando a mostrar seu lugar na trama. Passada a fase inicial, a atriz acredita que agora é que Eurídice vai passar por maus bocados. “Ainda não sei ao certo o que vai acontecer, mas ela vai chegar até a fingir que está grávida e fazer simpatias para recuperar o amor do noivo”, garante.

Preocupação social

Ao ver uma senhora que catava latinhas e papelão para tirar seu sustento, Isabel Fillardis não pensou duas vezes e decidiu aprender um pouco sobre os processos e aplicações da reciclagem do lixo. A atriz, então, pediu ao marido para fazer um levantamento e saber até que ponto era viável fundar uma cooperativa de catadores. “Queria ver se era possível ajudar as pessoas através do recolhimento e da reciclagem do lixo”, conta.

Com cerca de 45 pessoas trabalhando atualmente na cooperativa, ela revela que a ONG chegou a ter quase 130 trabalhadores e um galpão em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, Rio de Janeiro. “Tivemos problemas de roubo e desvio de material. Então, resolvemos diminuir e selecionar os cooperativados”, conta. Hoje em dia, porém, existe apenas um escritório e os centros de recolhimento ficam localizados nas próprias empresas parceiras que participam do projeto de reciclagem. Esses centros são responsáveis pelo recolhimento de vidros, plásticos, papéis e alumínio. “A reciclagem deveria fazer parte da realidade de qualquer pessoa”, acredita.

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