Ingrid Guimarães volta aos cinemas em ‘Loucas para Casar’

Ela está de volta – a rainha das bilheterias do cinema brasileiro. E vem bem acompanhada – pelo diretor Roberto Santucci, o Midas do humor, e por Tatá Werneck e Suzana Pires como parceiras no trio de mulheres que sonha se casar na igreja, de véu e grinalda, e descobre que o marido de todas é o mesmo – Márcio Garcia. Assim como existem a Mulher-gato, a Mulher-maravilha, Ingrid Guimarães – pois é dela que estamos falando – poderia ser a Mulher-antena. Ninguém é mais antenada que a estrela de “Loucas para Casar”, que toma nesta sexta-feira, 09, de assalto 562 salas de todo o País.

É um lançamento grande, mas não mega, principalmente para um filme que tem chance de estourar. “Sinto uma receptividade muito positiva. Para mim, o Loucas já é sucesso.” Ingrid está sempre antenada para o que se passa ao redor. Mulheres de todas as idades e faixas sociais se identificam com ela. E ela também está sempre pronta para trocar ideias. Conversou com executivas, cabeleireiras, ascensoristas, querendo saber se Márcio Garcia poderia ser o objeto de desejo de todas elas. Definido que sim, o filme brinca, numa piada final, com a imagem do ‘gostoso’. “Não adianta”, ela ironiza. “Ninguém consegue enfear aquele homem.”

Com mais de 20 anos de carreira, a explosão de Ingrid Guimarães é uma coisa recente, e passa pelo sucesso de “De Pernas pro Ar”, 1 e 2, em 2010 e 2012. Ao colocar na tela uma personagem de mulher madura, quarentona e decidida em questões de sexo, trabalho e família, Ingrid virou a representação de um tipo de brasileira. “Não foi planejado”, ela conta. “Mas me agrada muito que cada vez mais mulheres se identifiquem comigo na tela.” Ela cultiva essa identificação, e por isso mesmo às vezes tem medo. Hesitou muito, cerca de seis meses, até embarcar de corpo e almas na aventura da Malu de “Loucas para Casar”.

“Temia me repetir”, reflete. Admite que é chata. “Me meto em tudo, mas é sempre tentando melhorar.” Palpitou muito no roteiro de “Loucas para Casar”, escrito pelo amigo Marcelo Saback. “Desta vez não estamos falando do mesmo tipo de mulher moderna, mas de outra mulher que ainda cultiva o sonho de se casar vestida de noiva. Você sabia que o vestido de noiva da Kate Middleton foi o modelo mais imitado do mundo naquele ano? Nosso filme fala de uma mulher muito comum, que vive para o homem e só acha graça se tiver alguém. Aquele tipo que se transforma na personalidade do homem que está com ela.”

O próprio Santucci teve alguma dúvida quando a produtora Maíra Lucas o chamou para dirigir. Só relaxou quando soube que o roteirista contratado era seu amigo (e parceiro) Saback. Mesmo assim, incentivou-o a pirar. “O Saback é o maior entendido de mulher que conheço. Só dei corda para que ele adotasse o ponto de vista feminino em Loucas para Casar.” Ingrid já estava no projeto e o filme, naquele momento, se chamava “O Clube das Descasadas” (para pegar carona em “O Clube das Desquitadas”?). Ela também incentivou o roteirista a colocar uma pitada de drama (a relação da personagem com a mãe) e a abordar o tema da maternidade. “Se vamos falar de casamento tradicional, tem de encarar a coisa de ser mãe.”

Ingrid é mãe, e com toda a loucura da sua vida profissional – TV, cinema – acha que só tem graça se tiver tempo para a família. É workaholic, obsessiva com os detalhes do que faz. Mas tem uma regra – ao contrário de Leandro Hassum, que emendou um filme atrás do outro em 2014, Ingrid evita a superexposição. “Eu sou do tempo que a gente esperava o filme novo dos Trapalhões. Tem de dar um tempo ao público para respirar. Recusei uns seis roteiros antes de me decidir pelo Loucas.” Mas ela quebra a própria regra. Fez uma participação em “Totalmente Inocentes”, em 2012, outra em “Minha Mãe É Uma Peça – O Filme”, em 2013. E vem aí no novo filme – um road movie – de José Eduardo Belmonte, “A Magia do Mundo Quebrado”. Adorou trabalhar com o diretor que tem feito a passagem do cinema de autor para o de mercado. Confessa – “Estou apaixonada pelo cinema.”

É sua menina dos olhos, mas Ingrid não desperdiça suas oportunidades na TV. Fez novela e agora mesmo está no ar, no canal GNT, com uma série que satiriza o consumismo dos brasileiros (e brasileiras) nos EUA. A segunda temporada de “Além da Conta” estreou nesta semana. Em fevereiro, como um desdobramento, ela prossegue, no “Fantástico”, com outra série de quadros que também satiriza o consumismo crescente da classe média. “Compro, Logo Existo” acompanha viciados em compras, ouve especialistas. E, para abril, na nova grade da Globo, deve estar na atração que vai substituir “A Grande Família”. Será um programa com outro campeão, Leandro Hassum. “A Globo vai reunir nossos milhões (de espectadores)”, diverte-se. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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