'Chapa quente'

Ingrid Guimarães vive heroína ‘politicamente incorreta’

“Estava louca para fazer uma pobre”. Depois de representar a cara da riqueza no cinema em De Pernas Pro Ar 1 e 2 (2010 e 2012) e Loucas Pra Casar (2015), Ingrid Guimarães quis virar a página e mostrar um outro lado. A oportunidade veio na TV, em Chapa Quente, que estreia hoje, com a missão de substituir A Grande Família. Na série, a atriz é Marlene, dona de um salão de beleza em São Gonçalo.

“Ela é uma heroína politicamente incorreta, diferente de tudo o que já fiz. Bebe, fuma, toma remedinho tarja preta de vez em quando, enfim, não consegue segurar a onda numa boa como a Dona Nenê (Marieta Severo) fazia. Ela é uma mulher contemporânea. Quando não aguenta, toma um gim e depila as clientes meio bêbada (risos)”, diverte-se. Mas a heroína moderna tem lá o seu lado tradicional. “A Marlene ama como uma mocinha. É completamente apaixonada pelo marido, o Genésio (Leandro Hassum), um desempregado profissional”, diz.

Chapa Quente tem a função de fazer rir, mas sem deixar de ir além da graça. “A série é um retrato de uma parte do Brasil, do subúrbio, onde as pessoas vivem no calor, na chapa quente. E isso faz com que as emoções sejam à flor da pele. É um Brasil de gente batalhadora, raladora, da mulher que é dona do próprio negócio, que manda nos homens. É um programa que fala de amor, tráfico, polícia, da mulher pegadora, do gay, da dona do bar que quer roubar o marido da outra. Chapa Quente é o espelho de uma parcela significativa da sociedade”, diz a atriz. E ainda complementa: “As pessoas querem se sentir representadas. Não é um programa só para rir. O Chapa Quente fala de tudo um pouco. É um humor de situação, de identificação”, afirma.

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