Francisco Marcatti, 56 anos, quadrinista do álbum Brasil, fala de sua história com o grupo.
Como você conheceu a banda?
Fazia meus gibis, todos impressos na minha casa e vendia alguns na Galeria do Rock. Conheci todo o universo underground de bandas como Olho Seco, muito antes da galeria virar “o shopping do rock”. Certo dia, o João Gordo veio me procurar dizendo que queria fazer uma parceria comigo. Desenhar a capa, a contracapa e o encarte do álbum Brasil.
Como foi o processo criativo?
Trabalhávamos juntos no escritório da gravadora Eldorado. Passamos três ou quatro tardes inteiras fazendo esboços e nos divertindo muito. Ele trazia as ideias e eu ia criando os desenhos. Sempre tive aversão a capas de discos com muitos elementos, sem um que se destacasse, foi aí então que sugeri colocar o jogador de dentes podres bem no centro do quadro, com cores que remetiam à bandeira brasileira.
Qual a importância atual do álbum?
Nada mudou em décadas. Parafraseando Victor Hugo: “Enquanto houver miséria esse disco é imprescindível”.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
