A indústria de comunicação teve uma receita de R$ 54 bilhões em 2005 –
incluindo aí assinaturas de jornais, revistas e TV paga. Essa verba é 24,62% maior do
que a de 2004, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE). Ainda em 2005 existiam 14.636 agências de publicidade no País e 8.852 empresas de serviços especializados. Os dados foram divulgados nesta última terça-feira (25) durante a apresentação do IV Congresso Brasileiro de Publicidade, confirmado para os dias 14 e 16 de julho, em São Paulo. A última edição do congresso ocorreu em 1978 e resultou na criação do Conselho Nacional de Auto-Regulamentação Publicitária (Conar). O evento volta a ser organizado num momento de profundas transformações para a publicidade brasileira, seja em virtude do modelo de negócios, seja pela maneira de criar e distribuir conteúdos, reflexo das novas tecnologias.
"O objetivo é fazer uma discussão ampla de todo o setor e delas tirar conclusões sobre
quais são as melhores práticas para organizar o mercado publicitário brasileiro",
afirma o presidente do Congresso, Dalton Pastore.
A necessidade de haver "regras claras para o setor", como dizem os publicitários,
também está na pauta do dia. Isso no que tange não só as agências de publicidade,
como também as de eventos, marketing direto, merchandising, promoção, relações
públicas e anunciantes. "Vivemos em um mundo capitalista. É preciso pensar como
capitalista para preservarmos o nosso mercado. Temos que ter medidas protecionistas para o setor ter condições de competir com outros mercados", afirma Guanaes.
Outros assuntos abordados durante o congresso serão o futuro da publicidade e como o
mercado absorverá os inúmeros estudantes formados a cada ano.
Se o IV Congresso Brasileiro de Publicidade resultará em mudanças reais para o mercado publicitário brasileiro, ainda é uma incógnita. Mas certamente será uma oportunidade para se discutir o que aconteceu nos últimos 30 anos, as transformações pelas quais o setor atravessa e, principalmente, as próximas tendências para o mercado publicitário brasileiro.