São Paulo – Comparar o baiano Raul Seixas (1945-1989) com o mito americano Elvis Presley (1935-1977) é um clichê dos mais enfadonhos, mas é inevitável. Raul, que estaria completando 60 anos hoje, é um fenômeno nacional do rock equivalente ao de seu maior ídolo; no Brasil só perde em culto necrófilo para Renato Russo (1960-1996). Mesmo depois de morto, o ?maluco beleza?? continua vendendo milhares de discos, ganhando fãs a cada estação. Entre coletâneas e títulos originais – que as gravadoras Universal e Warner acabam de reeditar em versões remasterizadas -, seus álbuns chegam a vender 300 mil por ano, mais do que muita gente viva.
Ele sobrevive também na pele nos inúmeros imitadores, que tentam copiar até a ?atitude??. Sua popularidade é tamanha, que quem freqüenta o circuito de shows nas grandes cidades vez ou outra tem de aturar pedidos de ?toca Raul?. Nos próximos dias o Sesc Ipiranga (São Paulo) deve realizar shows pelo projeto ?Eu nasci há 60 anos atrás??, cujo título é alusão a uma de suas músicas populares.
