O ator André Frateschi, que interpreta o Peixe, de Ciranda de pedra, tem feito sucesso com o público, ao mostrar um mau-caráter atrapalhado. Apesar de o personagem pertencer ao núcleo dos vilões, seu ar abobalhado não o permite dar grandes golpes. Fica relegado à vilania dos pequenos delitos, dos ladrões de rua e batedores de carteira. ?Tento fazê-lo com humor e ironia. Quero mostrar alguém que quer ser mal, porém, por falta de sagacidade não consegue?. Ele diz buscar essa ironia nas atuações de Marcello Mastroianni nas comédias italianas clássicas, como Os eternos desconhecidos.
Filho dos atores Denise Del Vecchio e Celso Frateschi, André tem no currículo filmes, novelas e peças de teatro. Mas até hoje nenhum personagem comparável ao Peixe. ?Tento interpretá-lo com desvios morais, mas não propriamente com maldade. Isso o torna especial?, argumenta.
Nome: André Frateschi.
Nascimento: Em 29 de março de 1975, em São Paulo.
O primeiro trabalho na tevê: Um só coração.
Sua atuação inesquecível: Ainda estou em busca dela.
Um momento marcante na carreira: Quando cantei uma música minha, Não posso parar, na televisão, na minissérie Queridos amigos.
A que gosta de assistir: Vejo muito o Marcelo Tas e Marco Luque, no CQC. Também assisto à minha novela, gosto do Antônio Abujamra, do programa Provocações, da TV Cultura.
A que nunca assistiria: Pânico.
O que falta na televisão: Ousadia para arriscar mais nos formatos dos programas.
Ator favorito: Wagner Moura.
Atriz predileta: Denise Del Vecchio.
Com quem gostaria de contracenar: Sean Penn.
Se não fosse ator, o que seria: Músico.
Par romântico inesquecível: Olavo e Bebel, de Wagner Moura e Camila Pitanga, em Paraíso Tropical.
Com quem gostaria de fazer um par romântico: Com Miranda Kassim, minha mulher.
Novela preferida: Roque Santeiro.
Personagem mais difícil de compor: O personagem que fiz na minissérie Queridos amigos, de Maria Adelaide Amaral, porque era uma interpretação de mim mesmo, eu tinha que me interpretar, a Maria Adelaide fez esse personagem especialmente pra mim.
Que papel gostaria de representar: Robert De Niro, em Taxi driver, de Martin Scorsese.
Filme: A montanha dos sete abutres, de Billy Wilder.
Livro de cabeceira: Vale tudo: Tim Maia, de Nelson Motta.
Autor predileto: Alcides Nogueira.
Diretor favorito: Dennis Carvalho.
Vexame: A minha primeira cena na televisão em Um só coração, que eu aparecia pelado foi muito difícil, uma vergonha.
Um medo: Na minha profissão, tenho medo de não fazer.
Projeto: Tenho shows com a Cida Moreira, com o álbum Canções para cortar os pulsos, também estou trabalhando em um longa e até o final do ano pretendo gravar um disco.
Ciranda de pedra – Globo, de segunda a sábado, às 18h00.