HQ perde Flávio Colin

Flávio Colin, o mais respeitado nome de desenhistas de histórias em quadrilhos no País, morreu na madrugada de ontem, aos 72 anos, no Rio de Janeiro, por problemas pulmonares. Idolatrado por todas as facções do gênero, ele começou como funcionário da Rio Gráfica no final dos anos 50, com a série Cinecia em Quadrinhos. E logo estava adaptando para HQ as aventuras de O Anjo, importante seriado radiofônico da época.

No início dos anos 60 participou do movimento de nacionalização dos quadrinhos, com o personagem Sepé Tiaraju. E dezenas de aventuras de terror que ficaram antológicas, como sua obra prima O Morro dos Enforcados. Nesse mesmo período adaptou para os gibis o filme Shane – Os Brutos Também Amam. Outra notável criação de Colin foi a tira de Vizunga, aventura transportada para as tiras de jornais e jamais igualada.

Ele também atuou em publicidade nos meados dos anos 60. Nos anos 70 voltou ao mercado editorial de comics, com fábulas de horror para o álbum O Grande livro de Terror, mostrando um novo estilo de desenho, que encantou a todos. Com a mesma técnica passou a produzir, durante toda a década de 80, aventuras curtas para as revistas Spectro, Neuros, Sertão e Pampas, Calafrio, Mestres do Terror, Mundo do Terror, Inter Quadrinhos e muitas outras.

Nos anos 90 ilustrou dois álbuns premiados A Mulher Diaba, da Editora Sampa, e O Boidas Aspas de Ouro, para a Editora Escala. Nos últimos anos publicou seus trabalhos para editoras indepedentes como Fawcett, para a Nona Arte e os albuns Estórias Gerais e Fastasmagoriana, escritos e editados por Wellington Srbek.

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