Susto. Pavor. Aversão. Algo repelente. Medonho ou sinistro. O significado da palavra horror correspondem exatamente ao que os telespectadores poderão encontrar no canal por assinatura FX, do grupo Fox, a partir desta segunda-feira, 19, com a estreia da dobradinha de American Horror Story: Freak Show e The Strain, a partir das 22h30.
A maratona de duas horas de duração (os episódios de cada série possuem 60 minutos) tem início com a antologia de terror American Horror Story, que chega à quarta temporada com fôlego ainda para garantir bons sustos e momentos de asco. Intitulado Freak Show, o programa segue a fórmula de criar temporadas independentes umas das outras, com um elenco principal fixo. Jessica Lange, magistral como sempre, está de volta. O mesmo acontece com a colega de cena Kathy Bates, que também estreou o ano anterior do seriado. As duas concorreram ao Globo de Ouro deste ano, dando início à temporada de premiações de televisão e são vistas como favoritas no Emmy, cujo anúncio dos indicados será realizado em 4 de junho e, a cerimônia de entrega dos prêmios, no dia 25 do mês seguinte.
Jessica interpreta Elsa Mars nesta trama ambientadas na cidade de Jupiter, no quente e abafado estado da Flórida, nos Estados Unidos, em 1952. Àquela altura, os circos de aberrações já estavam em extinção e rareavam em território norte-americano. Mas Elsa mantém o seu próprio “freak show” a todo custo, buscando novos “talentos” de cidade em cidade. Bathes, por exemplo, interpreta uma mulher barbada, com costeletas longa de dar inveja ao personagem dos quadrinhos Wolverine. Ela é mãe de Jimmy Darling (interpretado por Evan Peters, outro veterano do seriado, presente nas quatro temporadas), também conhecido no circo andarilho como Menino Lagosta, por ter uma espécie de deformação genética nas mãos, que se assemelham às garras do crustáceo. Sarah Paulson desta vez é Bette e Dot Tattler, gêmeas siamesas, duas cabeças, dois corações, quatro pulmões, presos em um mesmo corpo.
Freak Show não apela para o sobrenatural, como foi na primeira temporada, mas
sim pela insanidade e caminha sobre uma linha tênue entre a realidade e a fantasia. É uma tensão real de que algum alucinado suado (estamos em Flórida, afinal) saia de trás de algum arbusto. Uma dica importante àqueles com coulrofobia, ou medo de palhaços: evitem a série.
Enquanto o terror de American Horror Story vem da própria complexidade e distúrbios humanos, o inexplicável e sobrenatural colocam vários pontos de interrogação nas tentativas de explicar o que está acontecendo em The Strain, que estreia logo na sequência, às 23h15, também no FX.
Baseada na série de livros Trilogia da Escuridão, lançada no Brasil pela editora Rocco, escrita por Guillermo Del Toro e Chuck Hogan. O curioso é que o cineasta, diretor de O Labirinto do Fauno e Círculo de Fogo, teve a ideia de The Strain como uma série, mas não encontrou nenhum estúdio disposto a colocá-la no ar. Ao lado de Hogan, lançou os livros, nos Estados Unidos, cujo sucesso de vendas por lá fez com que, enfim, a história fosse levada ao meio para o qual foi desenvolvida.
Acompanhamos um estranho acontecimento em Nova York, quando um avião chega
após um voo de Berlim com todos os passageiros mortos. Corey Stoll, cuja carreira ganhou força após a interpretação do deputado alcoólatra na série House of Cards, dá vida a Ephraim Goodweather, um epidemiologista chamado para ser o primeiro a estudar o que aconteceu dentro da aeronave.
Strain é, por sua vez, dona de um horror menos discreto e sem singelezas. Sangue pode espirar para todos os lados quando algumas criaturas começam a surgir por Manhattan.