Hormônios e vozes do Sul

Eclipsada pelo blockbuster de Felipe Hirsch, a Companhia Cênica Simplicíssimus estréia amanhã no Espaço 2 o clássico O Despertar da Primavera, de Frank Wedekind, com direção de Ruiz Bellenda. O espetáculo fala de sexo, masturbação, homossexualismo, aborto, estupro, tudo isso sob os efeitos da explosão de hormônios que caracterizam a descoberta da sexualidade de três adolescentes.

O texto foi escrito por Wedekind em 1891, quando ele tinha 26 anos, mas demorou 16 anos para ser encenada pela primeira vez – viabilizada pelo advento do expressionismo. As cenas de sexo e masturbação antecipam em 70 anos o “Teatro da Crueldade” de Zé Celso Martinez Corrêa e outros nomes vanguardistas. Em Curitiba, O Despertar da Primavera foi montado pela primeira vez em 1980, com o próprio Ruiz Bellenda no elenco, que contava ainda com Fátima Ortiz e Fernando Marés, entre outros.

No Teatro José Maria Santos, estréia hoje o musical A Voz do Sul, com canções dos três estados meridionais do Brasil interpretadas pela soprano Deborah Oliveira e do tenor Jarbas Tauryno, em um recital cênico pontuado por textos de autores também regionais. Escrito por Deborah e produzido por Izydoro Diniz, o roteiro revela as características e a variedade musical e literária dos artistas sul-brasileiros.

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O Despertar da Primavera – de amanhã a 15 de dezembro no Espaço 2 (Rua General Carneiro, 814). Sextas e sábados às 21h e domingos às 19h. Ingressos a 10 e 5 reais (estudantes e bônus).

A Voz do Sul – até dia 24 no Teatro José Maria Santos (Rua 13 de Maio, 655). De quinta a sábado às 21h e domingos às 20h. Ingressos a 12 e 6 reais (meia). Maiores de 60 anos não pagam.

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