Diante da sociedade da informação, da tecnologia avançada e dos materiais que rapidamente se tornam ultrapassados, a artista plástica curitibana Danielle Jacob produziu obras que refletem e caracterizam a modernidade. Na exposição Códigos Binários, que tem abertura nesta sexta-feira (1º), na Casa João Turin, ela apresenta oito instalações criadas a base de disquetes e CDs. Danielle constrói o retrato do contraste entre homem e a máquina, além da objetividade e dualidade do sistema de comunicação atual. “O código binário é a linguagem utilizada na computação, onde todas as informações são traduzidas em seqüências de zero e um. Assim, a máquina, o disquete e o CD, só aceitam o sim e o não, o positivo e o negativo como resposta.
Neste contexto, não há espaço para o meio-termo, nem para a subjetividade do ser humano”, explica a artista. A mostra permanece até 7 de setembro com entrada franca.
Entre os trabalhos, estão desenhos de homens sobre disquetes de uso já ultrapassado que remetem à pinturas dos homens primitivos nas cavernas, e
a ilustração de formigas que representam a construção da sociedade e o amontoado de pessoas nas ruas. “Trabalho em cima dessa série de instalações há algum tempo, mas a inserção das formigas é nova. A intenção é pensar na semelhança entre a sociedade das formigas e a nossa,
na construção e na rede de relacionamentos comuns entre as duas”, relaciona Danielle. Alguns dos objetos inéditos foram produzidos nas últimas três semanas, especialmente para a mostra.
Serviço
Instalações da artista plástica Danielle Jacob, na exposição Códigos Binários. Abertura nesta sexta-feira, 1º de agosto, às 18h30 na Casa João Turin (R. Mateus Leme, 38 – Centro Histórico).
A mostra permanece até 7 de setembro com entrada franca. Horário de visitação: de Segunda a Sexta-feira das 9h às 18h. Aos sábados e domingos das 10h às 16h.