Um dos jornais de maior influência no cinema americano destacou ontem que a indústria de filmes pede a colaboração de funcionários das salas de exibição para ajudar no combate à pirataria. Quem colaborar pode ganhar um prêmio de até 500 dólares por cada pessoa flagrada gravando filmes ilegalmente e denunciada à polícia.
O Programa de Prêmios para o Combate à Gravação está funcionando desde o começo da semana, por ordem da Associação das Produtoras de Cinema dos EUA (MPAA), que representa os grandes estúdios, e a Associação Nacional de Proprietários de Cinemas (NATO).
A gravação de filmes com câmeras de vídeo tornou-se uma fonte grande de pirataria. A maioria dos filmes descarregados na internet é fruto desse tipo de gravação, segundo Matt Grossman, representante da MPAA.
De acordo com a associação, o que normalmente acontece é que os filmes são gravados com câmeras de vídeo nos primeiros dias após sua estréia nos EUA, depois distribuídos mundialmente sob forma digital por meio de redes de partilha de arquivos e outros serviços on-line.
Em seguida, laboratórios no exterior utilizam os filmes pirateados para produzir DVDs ilegais que são distribuídos em massa nas ruas de cidades de todo o mundo. Em 2003 a MPAA apreendeu 52 milhões de discos em todo o mundo.
O programa de recompensas está sendo financiado pela MPAA. Na avenida Paulista, em São Paulo, é possível comprar DVDs piratas de filmes que ainda não entraram em cartaz no Brasil ou mesmo nos EUA.