Em 1º de dezembro, Gerson Lodi-Ribeiro venceu a edição 2018 do Argos, principal premiação da literatura fantástica no Brasil, com seu livro Octopusgarden (ed. Draco). Leia a entrevista exclusiva ao jornal O Estado de S. Paulo:
Existe mais interesse pela ficção científica brasileira hoje?
Há um boom da literatura fantástica que começou em 2009. Hoje, estamos lançando mais livros escritos em português em vez de meras traduções do que dez anos atrás. Mas sinto que o horror e sobretudo a fantasia ainda são mais fortes.
A FC sempre foi o ‘primo pobre’ da literatura fantástica?
Nem sempre foi assim. Na década de 1970, vendia-se muito mais FC, talvez porque o paradigma da época era 2001: Uma Odisseia no Espaço. Mas não se vendia quase nada nacional, ao passo que, desde 2009, é muito mais fácil publicar e vender FC. Eu só consegui publicar meu primeiro livro no Brasil em 2006, depois de lançar dois em Portugal.
Como você vê essa nova leva de autores nacionais?
Há muitos bons autores surgindo, que eu leio e fico empolgado como fã e como autor mesmo, como o Cirilo Lemos, a Cristina Lasaitis, e até autores que não foram contemplados pelo Fractais Tropicais, como o escritor pernambucano Jacques Barcia.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.