História de uma folia de rua

Renascidos a partir dos anos 70, os blocos da zona sul foram responsáveis pela retomada do Carnaval de rua no Rio de Janeiro, já ameaçado pelo ostracismo. Ainda hoje, apesar da ostentação e da mediatização dos grandes desfiles na Sapucaí, blocos como Banda de Ipanema, Clube do Samba, Suvaco do Cristo, Simpatia É Quase Amor, Bloco de Segunda, Barbas, Imprensa Que Eu Gamo e Meu Bem Volto Já ajudam a manter viva a tradição festiva carioca.

É essa aventura carnavalesca que o jornalista João Pimentel conta em Blocos – Uma História Informal do Carnaval de Rua (Editora Relume Dumará, co-edição com a Prefeitura do Rio, 103 páginas). E é contada pela autoridade no assunto. João compôs sambas que foram defendidos por diversos blocos do Rio de Janeiro, entre eles Simpatia É Quase Amor, Suvaco do Cristo e Meu Bem Volto Já. Atualmente trabalha como jornalista e crítico musical do Segundo Caderno de O Globo e desenvolve pesquisas sobre cultura popular.

No livro fica-se sabendo como a festa chegou ao Rio de Janeiro e de como o carioca descobriu, através dos blocos, o palco ideal para expressar seus sentimentos. Passando pelas histórias dos antigos blocos suburbanos – Bafo da Onça, Cacique de Ramos, Boêmios de Irajá e Chave de Ouro; pelo Cordão do Bola Preta, no centro da cidade, e pelos blocos da zona sul dos anos 50 aos 90, o jornalista, como um incansável folião, vai percorrendo as ruas da cidade, seguindo o que ele acredita ser o verdadeiro espírito do Carnaval carioca.

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