A contribuição dos imigrantes poloneses para o Estado é a temática central das novas mostras no Museu Paranaense: Raízes do Paraná: os poloneses, a herança polonesa na arte paranaense, homenagem ao poeta Paulo Leminski e charme e elegância em outros tempos. Desde o dia 22, o público visitante tem conferido peças do vestuário polonês, objetos agrícolas, livros de Leminski e pinturas e esculturas de artistas que compõem essa identidade étnica. Juntamente com as exposições no museu, o Parque Histórico do Mate inaugura Ka?á, a erva sagrada, com imagens da utilização da erva-mate pelos indígenas.
Os poloneses
O processo de constituição do espaço urbano em Curitiba foi, e continua sendo, profundamente marcado pela figura do imigrante. A convivência da população local com grupos estrangeiros, iniciada na primeira metade do século XIX, tornou-se mais estreita com a implantação de uma política imigratória efetivada após a criação da província, em 1853. O Paraná recebeu uma significativa leva de imigrantes poloneses. Os primeiros representantes dessa etnia chegaram ao Brasil em 1869, vindos da região da Silésia. Eram 16 famílias que se fixaram inicialmente em Brusque, Santa Catarina, ao lado de outros imigrantes alemães. Dois anos depois, em 1871, o grupo já ampliado, chegou em Curitiba, instalando-se no bairro do Pilarzinho.
Embora as primeiras levas de poloneses tenham chegado ao Paraná anteriormente, foi no período compreendido entre 1889 e 1914 que se deu a entrada majoritária deles no País, cerca de 100 mil até o início da primeira guerra mundial.
Homenagem a Leminski
A completa bibliografia de Paulo Leminski, juntamente com objetos pessoais, fotos e medalhas estão à mostra na Sala Personagens Paranaenses. Poeta, escritor, professor e compositor paranaense, Paulo Leminski nasceu em Curitiba, no bairro do Portão, no dia 24 de agosto de 1944. O escritor morreu em 7 de junho de 1989, em um período de intensa produção, deixando inéditos poemas com muito lirismo reflexivo, fundado no trabalho com as palavras, conquistando o público pela emoção.
Serviço:
Museu Paranaense, Rua Kellers, 289, Alto São Francisco. De terça a sexta-feira, das 10h às 17h, sábado e domingo das 11h às 15h. Entrada R$ 2,00.
As exposições Raízes do Paraná: os poloneses, a herança polonesa na arte paranaense, homenagem ao poeta Paulo Leminski e charme e elegância em outros tempos, permanecem abertas até 16 de julho.
Se inspirando nas temáticas da Convenção das Nações Unidas – biodiversidade e biossegurança – o Museu Paranaense organizou também duas novas mostras: Paraná indígena? O artista e o índio e A flora paranaense – Aquarelas de Karla Kozák. Elas estarão abertas para visitação até o dia 30 de março.
Parque Histórico do Mate, Rodovia 277, Km 111 (Rondinha) – A exposição Ka?á, a erva sagrada permanece aberta até 16 de julho.