Mais um capítulo da recente revisão da obra de Hilda Hilst vai ocorrer em 2018: a escritora paulista é a homenageada da próxima edição da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), que ocorre de 25 a 29 de julho.

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A obra de Hilda Hilst (1930-2004) está sendo reeditada pela Companhia das Letras (Da Poesia saiu em abril; Da Prosa sai em 2018, bem como uma adaptação em quadrinhos, uma coletânea de poemas de amor e uma edição de bolso). Dois livros de entrevistas devem sair pela Globo (que havia relançado a obra da poeta entre 2000 e 2014). Há conversas com algumas casas sobre a publicação de diários inéditos.

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“A obra da Hilda exige do leitor um certo conhecimento de literatura e arte, ela convida ao entendimento mais complexo dessas duas coisas”, diz a curadora da Flip, Josélia Aguiar. “Pode ser um convite para as pessoas tentarem compreender mais. Uma forma de reforçar a necessidade de as pessoas terem uma intimidade maior com a arte e não ter pensamentos equivocados, resultado de um problema de formação de leitores.”

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Bem como Lima Barreto, homenageado em 2017, Hilda ainda não tem sua obra consolidada no cânone da literatura brasileira e sempre teve um relacionamento complicado com o mercado editorial em vida. Ela mesma reconhecia isso. Uma avaliação que Hilda fez da própria obra nos anos 1990: “Maravilhosa. Fico besta de ver como as pessoas não entendem o que escrevi.”

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.