Uma moeda dada pela filha se transformou no grande amuleto de Thomas Langmann, produtor do grande vencedor do Oscar, O Artista, vencedor de cinco estatuetas, entre elas a de filme, diretor e ator. “Eu a emprestei ao Jean Dujardin momentos antes de ele ser anunciado vencedor entre os atores e, depois, guardei no meu bolso, esperando a minha vez”, disse ele. “Fizemos um tributo ao cinema, especialmente o americano, mas não esperávamos tanto carinho em retorno.”

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Na verdade, o grande amuleto de O Artista é um senhor ligeiramente calvo, que já foi mais gordo e que aplicou um beijo na face de Langman antes de subir os degraus da fama até o almejado Oscar. Trata-se do produtor Harvey Weinstein que, além do feito de conseguir prêmios importantes para um longa mudo e em preto e branco, faturou ainda com a premiação de melhor atriz para Meryl Streep (A Dama de Ferro) e com a escolha de Undefeated como melhor documentário de longa-metragem, premiações surpreendentes, pois outros eram favoritos.

“Harvey foi um dos principais incentivadores do filme, acreditando que poderíamos estar aqui”, disse Langmann. “Mesmo sem nos conhecer, ele foi à França um mês antes do Festival de Cannes, assistiu ao longa, riu muito e resolveu apostar suas fichas.”

Weinstein, de fato, é um jogador nato, especialmente quando aposta em filmes com perfil de azarão. No ano passado, ele também saiu vencedor com os prêmios ao seu O Discurso do Rei e, em 2003, foi o principal articulador para que Cidade de Deus – que fora ignorado no ano anterior pela Academia na categoria de filme estrangeiro – desse o primeiro passo para se tornar um sucesso mundial ao ser indicado em quatro categorias para o Oscar, inclusive a de filme. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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