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‘Han Solo – uma história Star Wars’ revê o passado do herói da saga

Como muitos fãs de Star Wars, Jonathan Kasdan ficou mesmerizado ao ver Han Solo pela primeira vez, naquela cena da cantina. “Ele era imprudente, cínico, não confiava em ninguém. E era meio burro, fazia coisas que não devia”, disse o roteirista de Han Solo – Uma História Star Wars, que escreveu em parceria com seu pai, Lawrence Kasdan, autor de O Império Contra-Ataca, O Retorno de Jedi e O Despertar da Força. Han Solo vai ao passado, quando o personagem era jovem. “Queríamos mostrar como as pessoas são moldadas pelo que acontece com elas”, disse Lawrence Kasdan em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo. “Os filmes que fazemos são sobre os sentimentos e motivações ambíguas das pessoas”, completou.

Em São Paulo, Han Solo – Uma História Star Wars vai estrear à 0h01 de quinta-feira, 24, em um grande circuito.

O Han Solo interpretado por Alden Ehrenreich (Ave, César!) é tão arrogante quanto o clássico Han Solo de Harrison Ford, mas certamente menos cínico e mais ingênuo. “Assisti aos filmes originais bem no começo do processo. Mas depois tive de deixar isso de lado e me concentrar nesse cara nesse momento de sua vida”, disse Ehrenreich em entrevista à imprensa, em Los Angeles.

No começo do filme, ele é um rapaz lutando para sobreviver, tendo como companheira Qi’ra (Emilia Clarke). Os dois planejam fugir de seu planeta natal, Corellia, mas apenas Han consegue, prometendo voltar para resgatá-la. Uma guerra e alguns anos depois, ele trabalha com o criminoso Tobias Beckett (Woody Harrelson) e, claro, reencontra o seu amor do passado.

Outros momentos-chave na vida de Han Solo são parte do filme, como seu encontro com Chewbacca (agora interpretado inteiramente por Joonas Suotamo) e com Lando Calrissian (Donald Glover), além, claro, de seu primeiro voo na Millenium Falcon. Como aconteceu com o Lando de Billy Dee Williams, o Lando de Donald Glover é um dos destaques da produção. “Disse para meu agente: ‘Eu preciso ser Lando'”, contou Glover. “Ele respondeu: ‘Entendi. Não acho que você tem muita chance’. Mas isso só me fez querer mais, fui para o teste como se fosse o único papel que eu queria no mundo.”

Para Ron Howard, que assumiu a direção depois da demissão de Phil Lord e Christopher Miller, no meio da filmagem, os relacionamentos eram fundamentais. “Essa é a jornada de Han Solo, mas esses relacionamentos são muito importantes para esse jovem.”

A entrada de Howard, veterano com dois Oscar na estante, provocou mudanças no roteiro dos Kasdans. “Refizemos certas coisas, mudamos outras”, informou Jonathan. “Ao final do processo, tínhamos feito uma revisão total do roteiro, que reflete a personalidade de Ron como cineasta. Espero – e acho que ele concorda com isso – que esse filme seja tanto seu quanto qualquer outro que ele tenha dirigido antes.” Mas o que isso quer dizer? “E ele quer ver os personagens irem de um ponto a outro. Que eles passem por algo que os transforme. É um cineasta da mudança. Ele focou nisso nesse roteiro e fez um filme sobre Han. Foi ótimo.”

Como Jonathan Kasdan cresceu nesse universo, também pôde trazer coisas de fora dos filmes, fazendo reaparecer certos personagens, por exemplo. E, sinal dos tempos, os roteiristas tiveram oportunidade de incrementar os papéis femininos. “Os filmes que escrevi e dirigi têm muitas mulheres”, disse Lawrence Kasdan. “E obviamente elas são metade do mundo! E não têm sido representadas como metade da galáxia necessariamente.” Além da misteriosa Qi’ra, que é uma femme fatale do filme de crime misturado com ação, há Val (Thandie Newton), braço direito de Beckett, e a androide L3 (Phoebe Waller-Bridge), que se construiu sozinha e ajuda e atormenta Lando. “Ela é uma revolucionária e tem uma agenda, ou seja, é uma androide com uma mensagem”, disse Waller-Bridge. E isso tudo sem deixar de ser engraçada.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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