Há alguns meses, nascia o zunzunzum de uma possível reunião das duas principais figuras do Guns N’ Roses, Axl Rose e o guitarrista Slash. Depois de tantas farpas trocadas entre eles, era difícil que o encontro de fato ocorresse. Não se sabe se foram as cifras milionárias, ou qualquer outra justificativa, mas os dois voltarão a pisar no mesmo palco durante as apresentações do grupo como headliner no festival norte-americano Coachella, um dos maiores do mundo, em abril de 2016.

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Abre-se, com isso, o questionamento: o mercado de festivais chegou ao limite? É preciso gastar US$ 3 milhões, segundo informações da revista Billboard, para conseguir reunir uma banda que não faz nada de relevante há mais de 20 anos, com dois integrantes que não se suportam?

O Coachella, como outros festivais do mundo, tenta dar sua cartada para driblar a crise mundial. Ingressos, afinal, já não são vendidos aos montes, no Brasil ou fora do País. Apela-se para a nostalgia barata, de uma das últimas gerações de cultura de massa na música. Depois da internet, poucas foram as bandas que chegaram à níveis populares. Isso pode ser colocado na conta da pluralidade da rede – ou do fim do monopólio da MTV, rádios e gravadoras. Mas não existem mais os grandes sucessos. Dentre as bandas de rock mais recentes, os maiores nomes são Strokes e Arctic Monkeys, mas até eles já estão por aí há algum tempo – e viveram seus momentos de headliners em festivais.

O LCD Soundsystem, responsável por marcar uma geração de indies que gostavam de se soltar na pista de dança, também está de volta para o Coachella, mas o retorno parece mais legítimo: vem aí um novo disco e novas turnês.

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O caso é que o GNR é uma das últimas grandes bandas de rock – de uma época em que ainda havia espaço para essas megalomanias. Talvez isso seja suficiente para salvar o Coachella de um possível fracasso de vendas em 2016. Mas, e em 2017? Quem salvará a lavoura? As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.