O guitarrista Toninho Horta e sua Orquestra Fantasma vão fazer o lançamento do álbum duplo Belo Horizonte para comemorar os 50 anos de carreira. Os shows serão neste sábado, 20, e domingo, 21, no Sesc 24 de Maio.
A sacada começa pelo nome. Belo Horizonte é um projeto dividido em dois CDs. Belo traz músicas que se tornaram conhecidas. E Toninho é um representante de luxo do Clube da Esquina. Seu pensamento, mesmo quando é pop, não perde a elegância. Há nessa safra Beijo Partido, Pedra da Lua e Bons Amigos. As outras são Meu Canário Vizinho Azul, Durango Kid, Saguin, Aqui Ó! e Céu de Brasília.
No segundo disco, Horizonte, como o olhar que procura o que está na frente, aparecem temas inéditos como Samba Sagrado, Villekilde Friends e Belo Horizonte. E tem ainda Ilha Terceira, Paris, Magical Trumpets, Dieb, Nanando e O Poder de Um Olhar.
Em 50 anos de estrada, Toninho deve sua valorização sobretudo a regravações feitas por nomes como Elis Regina, Carmen McRae, Jane Duboc, George Benson, Pat Metheny, Tom Jobim e Gil Evans.
O músico vem de uma família do ramo. O avô foi maestro, João Horta, que conseguiu se destacar entre os compositores de música sacra. As primeiras aulas de violão ele teria com a própria mãe, Geralda, uma bandolinista. Outro parente, Paulo, era contrabaixista.
Suas primeiras composições, que já demonstravam um pensamento nada convencional sobretudo na harmonia, vieram em sua adolescência, quando passou a acompanhar as cantoras que se apresentavam na TV Itacolomy. Ele mudou para o Rio de Janeiro ainda na década de 1970 e começou a se tornar um nome conhecido. Ainda em 1970, passou a fazer parte da banda de Elis Regina, ao lado do baixista Novelli e do baterista Wilson das Neves. Um episódio dessa época é curioso. Por motivos nunca esclarecidos, Elis demitiu o grupo todo durante um show no interior de São Paulo. “Aplaudam bem esse grupo porque é a última vez que ele está tocando comigo”, ela disse. A passagem se tornou hilária entre os músicos.
TONINHO HORTA
Sesc 24 de Maio. R. 24 de Maio, 109, tel. 3350-6300. Sáb. (20), 21h e dom. (21), 18h.
De R$ 9 a R$ 30
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.