O Grupo Tapa abre hoje a mostra ‘Panorama do Teatro Brasileiro – 2ª Geração’, no Viga Espaço Cênico, em São Paulo. Sete peças serão exibidas até o dia 24 de fevereiro. “Mão na Luva”, de Oduvaldo Vianna Filho, inaugura a programação, que terá autores de diferentes épocas: Arthur Azevedo, Nelson Rodrigues, Jorge Andrade, Oduvaldo Viana Filho e Mario Viana.
Não se trata de uma sucessão de peças e, sim, de um conjunto escolhido a partir de critérios definidos. Afinal, ao longo de seus 30 anos de existência, o Tapa construiu uma trajetória premiada e reconhecida sobretudo pela qualidade do repertório, boa parte dele dedicado à dramaturgia brasileira. E carrega ainda a experiência de outras mostras. Esta agora vai tomar também a semana de carnaval, com três peças diferentes por dia, de sábado até Quarta-Feira de Cinzas.
O 1º Panorama ocorreu no Rio, no início dos anos 80, e tinha peças como “O Noviço”, de Martins Pena; “Caiu o Ministério”, de França Júnior; e “Casa de Orates”, de Arthur Azevedo. Após a transferência para São Paulo, no fim da década de 80, o projeto ganhou nova dimensão. “Passamos a ser subvencionados e a ter sede fixa, o Teatro da Aliança Francesa. Isso nos permitiu o 2º Panorama, nos anos 90, com 14 peças”, diz o diretor Eduardo Tolentino. Entre elas, grandes produções como “Vestido de Noiva”, de Nelson Rodrigues, “Rasto Atrás”, de Jorge Andrade, e montagens de câmara como “Corpo a Corpo”, de Vianinha, e “Navalha na Carne”, de Plínio Marcos.
A extensão no título – 2ª geração – já aponta para o que diferencia a mostra que tem início hoje. Atores que fizeram praticamente toda sua carreira teatral no Tapa, como Clara Carvalho, Sandra Corveloni e Brian Penido, assinam a direção de três espetáculos, “Valsa nº 6”, de Nelson Rodrigues; “As Viúvas”, de Arthur Azevedo; e “Pedreira das Almas”, de Jorge Andrade. “Desta vez, a maioria é de produções ligadas ao Tapa, mas criadas fora do grupo. Mão na Luva foi montada pelos atores (tem concepção e interpretação da dupla Isabella Lemos e Marcelo Pacífico), o que a gente fez foi só uma supervisão crítica durante o processo.” Com exceção de As Viúvas e A Moratória (dirigida por Tolentino), as outras são produções independentes, o grupo deu algum tipo de apoio apenas”, diz Tolentino. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Programação
Janeiro
Mão na Luva
Hoje, amanhã e sábado – 21 h
Domingo – 20 h
Doroteia
Dias 28, 29 e 30 – 21 h
Dia 31 – 20h
Valsa n.º 6
Dia 30 – 19h30
Dia 31 – 18h30
Fevereiro
Pedreira das Almas
Dias 5, 6, e 12 – 21 h
Dia 7 – 20 h
Doroteia
Dias 4 e 11 – 21 h
Natureza Morta
Dia 6 – 19h30
Dia 7 – 18h30
As Viúvas
Dias 9 e 10 – 21 h
No Carnaval
Dia 13 – Sábado
18 h – Pedreira das Almas
19h30 – Valsa n.º 6
21 h – Doroteia
Dia 14 – Domingo
18 h – Pedreira das Almas
19h30 – Natureza Morta
21 h – Mão na Luva
Dia 15 – Segunda
18 h – Mão na Luva
19h30 – Valsa n.º 6
21 h – Pedreira das Almas
Dia 16 – Terça
18 h – As Viúvas
19h30 – Natureza Morta
21 h – Mão na Luva
Dia 17 – Quarta
18 h – As Viúvas
19h30 – Valsa n.º 6
21 h – Mão na Luva
A Moratória
Dias 18, 19 e 20 – 21 h
Dia 21 – 20 h
As Viúvas
Dias 23 e 24 – 21 h