Grupo de pichadores ataca prédio da Bienal de São Paulo

No primeiro dia da 28ª Bienal de São Paulo, um grupo de cerca de 40 pichadores invadiu na noite de domingo (26) o pavilhão no Parque do Ibirapuera e pichou parte de seu segundo andar – propositalmente vazio nesta edição. Eles picharam as paredes com as frases: “Isso que é arte”, “Abaixa a ditadura”, “Fora Serra” (sic). Além dos nomes das gangues, como eles mesmos se denominam, ?Susto?, ?4? e ?Secretos?.

Dos cerca de 40 pichadores, apenas uma jovem de 23 anos foi detida. Ela foi levada para o 36º DP, na Rua Tutóia. Houve tumulto no prédio. A ação já estava prevista pela curadoria e organização do evento, que disseram anteriormente terem tomado providências para que a pichação não ocorresse no prédio. ?Entramos pela porta. Normal. Conseguimos?, disse a menina detida que não quis se identificar. ?É o protesto da arte secreta.?

Segundo ela, vários grupos estavam envolvidos na invasão, uma continuidade das ações de protestos que ocorreram neste ano na Faculdade de Belas Artes e na Galeria Choque Cultural, lideradas por Rafael Guedes Augustaitiz, o PixoBomb. Os demais pichadores saíram no meio do tumulto se misturando aos outros visitantes da mostra e quebrando vidros do prédio. Até que a Polícia Militar chegasse, os visitantes tiveram de permanecer dentro do prédio e ninguém pôde entrar.

A Bienal lamentou e repudiou o ato de vandalismo e ainda não se sabe se o piso será pintado ou não. Apesar do incidente, o dia foi de intensa movimentação, com exposição aberta desde às 10 horas. À noite, foi realizado o show da banda Fischerspooner, com meia hora de atraso por conta do incidente. As informações são do Jornal da Tarde.

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