Gravuras de Périgo ficam expostas até 2008 em Curitiba

Até o dia 28 de fevereiro do ano que vem, os curitibanos podem apreciar as gravuras do artista plástico paulistano Márcio Périgo. A mostra Caos aparente foi doada pelo artista ao acervo do Museu da Gravura de Curitiba, localizado no Centro Cultural Solar do Barão. De 80 obras de Périgo, 54 estão na capital paranaense.

As gravuras foram produzidas entre 1972 e 1989 e já fizeram parte de grandes centros artísticos, como a Pinacoteca do Estado de São Paulo, o Museu de Arte Contemporânea da USP e o Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro. A curadora das exposições do Acervo Artístico da Fundação Cultural de Curitiba, Nilza Procopiak, diz que o trabalho de Périgo é minucioso, rico em técnicas nada fáceis de serem conseguidas, que trazem uma linguagem que é praticamente um desafio a quem vê. ?Périgo faz com que cada expectador interprete suas gravuras de maneira diferente, o que é incomum nessa área. Ao aproximar-se de cada uma delas, o espaço minúsculo da obra espantosamente se desdobra e paradoxalmente se abre ali um lugar que antes não havia, ampliado pelo nosso olhar que intensifica os contrastes, descobre pormenores e encontra um mundo todo lá dentro?, comenta a curadora.

?Não temos que entender a gravura, o importante é gostar, senti-la. As gravuras são mensagens, são vivências do artista, e o Périgo consegue misturar um pouco de traços de outros artistas também?, diz ela.

Périgo diz que se sente muito bem em doar seu trabalho para Curitiba. ?É uma das poucas capitais, talvez a única, onde há casas para gravuras?, diz. Para ele, este tipo de trabalho tem que ser livre, tem que deixar vir à mente e ir fazendo sem se preocupar tanto com o resultado. ?Gosto de me jogar, de ter insegurança no que estou fazendo, não gosto de projetar a gravura?, comenta o artista.

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