Grammy reverencia veteranos europeus

Parecia que estava tudo combinado. Com a bênção de Paul McCartney na primeira fileira do ginásio Staples Center, em Los Angeles, o 51º prêmio Grammy estabeleceu uma nova ordem para a indústria musical americana: saíram os rappers juvenis, entraram os veteranos do Velho Continente na noite de anteontem.

Se Sir. Paul McCartney assistia de camarote às apresentações, quatro rapazes, também ingleses, chamavam a atenção pelo visual com cara de Sgt. Peppers. Com sete indicações na noite, o Coldplay acabou levando três prêmios.

A escalação de shows já mostrava a mudança: comemorava o que a Europa trouxe de melhor nas últimas décadas. O inglês Robert Plant e a americana Alison Krauss foram agraciados com cinco prêmios da noite. O Grammy teve início com o U2 e a canção, Get On Your Boots, música de seu novo disco No Line on the Horizon.

Depois vieram Coldplay com Jay-Z, a “fofuxa” Adele com a linda Chasing Pavements e a surpreendente apresentação do Radiohead, que trouxe o vocalista Thom York e o guitarrista Jonny Greenwood à frente de uma banda marcial americana, apresentando a canção 15 Step, faixa de In Rainbows, um dos concorrentes a “álbum do ano”.

Já o Brasil levou o Grammy indiretamente pelo álbum Randy in Brasil, do saxofonista Randy Brecker na categoria “jazz contemporâneo”. Produzido inteiramente no País, o maestro Ruriá Duprat foi o responsável pelos seus arranjos, produção e boa parte dos instrumentos. “O Randy me disse que, caso levasse, me daria o Grammy, já que tem 12 prêmios desses na sua casa”, falou o maestro à reportagem, antes de embarcar para Los Angeles.

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