Não, não é coincidência que o início do novo clipe de Gloria Groove, em parceria com Iza, seja parecido com o de Telephone, de Lady Gaga com Beyoncé. A drag queen se inspirou na produção das cantoras americanas para seu vídeo de Yo, Yo, lançado no fim desta quarta-feira, 12 – e ela não poderia estar mais feliz com o resultado.
“Telephone é o clipe da minha vida. A primeira vez que assisti, com uns 13 anos, falei ‘meu Deus, que histórico, maravilhosas’. Fazer referência a algo icônico é gratificante, é um ciclo fechado”, disse Gloria ao E+.
Ela contou sobre esse fascínio a Felipe Sassi, responsável pela direção e roteiro do clipe, além de também ser um “little monster muito viciado em Gaga”. “A gente surtou junto e ‘vamos fazer referência para ontem'”.
Junto com Iza, Gloria esbanja movimento corporal no clipe, que é uma continuação de Coisa Boa. Agora, foragida após fugir da prisão – ambiente comum em Telephone também – , as duas invadem um canal de televisão e convidam todos para “levantar do sofá essa bunda e dançar”.
O ritmo contagia e dá liga, assim como a parceria e amizade entre Iza e Gloria Groove. Elas já tinham feito um trabalho juntas, em Rebola, o que para a drag queen foi um momento “histórico”. “Eu queria selar isso de um jeito inovador, com coisa nova, e pegamos o gancho de Coisa Boa, que precisava de uma continuação”, disse a cantora.
Ela não mede elogios para falar da ‘parceira de crime’. “A gente tem uma história tão incrível de amizade. Sou a pessoa mais suspeita para falar de Iza no Brasil. Admiro muito o que ela faz e o nível de qualidade que ela apresenta. A gente compartilha os mesmos momentos, gostos, referências, pessoas na nossa vida”, conta.
Novos trabalhos e turnê de Gloria Groove
Os fãs de Gloria Groove que aguardem, pois novas parcerias estão a caminho. “Não fico sossegada com esse rolê de parceria. Dentro do meu trabalho, amo ter; fora, amo participar.” Ela contou, sem revelar detalhes, que tem gravado parcerias variadas. “Tem coisa que nem está tão longe de ser divulgada”, afirma a cantora, que se diz “frenética e eclética”, podendo estar em qualquer lugar.
Em julho, Gloria fará sua primeira turnê internacional, uma de duas já programadas. Ela diz que trilhar esse caminho fora do Brasil é “muito impactante”. “Só de pensar na improbabilidade de sucesso de uma drag queen nessa época, nesse País que é o mais transfóbico do mundo… É tipo uma revolução, uma subversão.”
A cantora elogia a cena drag queen que abriu espaço na música pop brasileira. “Foi dominando de forma genuína, por meio das artes”, diz. O futuro, para ela, é inspirador. “É muito gratificante ver novos rumos, gente nova estabelecendo padrão de qualidade.” A expectativa para a turnê é boa e, antes disso, em 19 de junho, ela apresenta seu novo show no Audio Club, em São Paulo.