Gisele Bündchen dedicou a tarde de terça-feira para receber a imprensa brasileira em São Paulo e promover seu primeiro trabalho de atriz em Hollywood, o filme Taxi, que estréia no dia 5 de novembro em todo o país. O longa-metragem, dirigido por Tim Story, é a refilmagem de uma comédia de ação francesa de 1998 com o roteiro adaptado para servir às características de Gisele. Seu personagem transformou-se numa brasileira e é em português que ela fala a maior parte de seus diálogos.
A modelo, que já havia recebido convites anteriores para fazer cinema, diz que aceitou desta vez porque o papel era pequeno:
“Jamais estrearia num papel principal que exigisse esforços de interpretação”, confessa ela, que ainda contou com a boa vontade dos produtores, que armaram um esquema para que sua participação fosse completada em apenas dez dias alternados de filmagem, não prejudicando seus compromissos com fotos e passarelas. Ela já recebeu mais cinco roteiros para estudar.
Taxi narra, em tom de comédia, a agitada parceria de uma motorista de táxi de Nova York (Queen Latifah, candidata ao Oscar de coadjuvante por Chicago) e um policial desastrado (Jimmy Fallon, da trupe do programa humorístico Saturday night live). Ele entra por acaso no carro dela e a leva a perseguir um grupo de mulheres brasileiras que assalta bancos na cidade. Gisele interpreta Vanessa, a líder do grupo. As arrojadas perseguições de carros, com as tecnicamente bem-feitas batidas em série, derrapagens e ultrapassagens quase milagrosas, ocupam boa parte dos 97 minutos do filme.
“Não é nenhum Shakespeare”?, resume Gisele.
O filme estreou nos Estados Unidos há três semanas, sem provocar muito alarde. Na estréia, ficou em quarto lugar entre as maiores bilheterias, perdendo para outros filmes que já estavam em cartaz e ficando atrás também do outro longa-metragem que estreava no mesmo dia. Até agora, Taxi amealhou mais ou menos US$ 30 milhões nas bilheterias americanas.
Gisele achou “mais divertido” fazer cinema do que ser modelo e garante que já recebeu mais cinco roteiros para estudar. “Não sou atriz, nunca fui a uma aula de teatro, não entendo nada de cinema”, admite, sem constrangimento. Depois de assistir a Taxi, a crítica americana concordou.
