Gilberto Gil mostra importância econômica da cultura brasileira

Washington – Com seu cabelo rastafári e elegante terno escuro, o consagrado músico e ministro da Cultura brasileiro, Gilberto Gil, conquistou no último dia 25 o establishment de Washington, dias depois de fazer o secretário-geral da Onu, Kofi Annan, tocar atabaque. Na sala de concertos do BID, onde deu a palestra “Cultura Brasileira: Criatividade e Desenvolvimento”, Gil fez uso da matemática para destacar a importância da “economia da cultura” diante de uma platéia de 400 banqueiros, funcionários e fãs. “Já em 1994 havia 510 mil pessoas empregadas na produção cultural brasileira. Este contingente de trabalhadores é 90% maior que o de empregados na fabricação de equipamentos e material eletrônico, 53% maior que o de empregados na indústria automotiva e 78% maior que o de empregados no serviço público ou nas indústrias”, afirmou. “Além disso, por cada milhão de reais investidos, a economia da cultura gera em média 160 postos de trabalho, com um salário-médio que dobra o da economia em geral”, continuou. A apresentadora do seminário advertiu desde o início que Gil não cantaria, mesmo que a pedidos, mas, apesar disso, a platéia, composta na maioria por homens de terno e gravata, aplaudiu de pé o discurso de Gil.

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