Geraldo Azevedo na área

Integrante ao lado de Zé e Elba Ramalho e Alceu Valença do quarteto nordestino que promoveu a trilogia O grande encontro (BMG), entre 1996 e 2000, o pernambucano Geraldo Azevedo aterrissa hoje às 21h no Espaço Cultural Calamengau, na Sociedade Vasco da Gama, em Curitiba.

Na bagagem, a melhor música nordestina com pitadas de bossa nova, black music, ritmos caribenhos e sonoridades urbanas. Geraldo apresenta canções do álbum mais recente – Hoje amanhã, lançado pela BMG em 2000 -, trabalho mais intimista gravado em Los Angeles, e os sucessos desses quase 40 anos de carreira – Táxi lunar, o swing de Veneza americana, o romantismo de Dia branco e a autêntica veia nordestina de Todo jeito ela tem. A parte final do show é reservada a frevos incendiários – Tempo tempero, pega fogo coração, tempo folião, entre outros.

Compositor de prestígio, Geraldo cria suas letras com a ajuda de alguns parceiros fiéis, seja desde o princípio de sua carreira (como Carlos Fernando e Renato Rocha) ou em anos mais recentes (Capinam e Fausto Nilo).

Embora não seja um fenômeno de vendagem de discos, o discreto pernambucano tem personalidade e nos últimos anos vem acumulando um carisma crescente, principalmente na região Nordeste.

Trajetória

Nascido em 1945 em Petrolina, aos 12 anos Geraldo Azevedo já tocava violão. Mudou-se para Recife em 1963 e lá se juntou a um grupo folclórico chamado Construção, onde conheceu Teca Calazans e Naná Vasconcelos. Em 1967 conheceu Eliana Pittman, que o levou como músico acompanhante ao Rio de Janeiro, onde se tornou conhecido como compositor e instrumentista versátil.

Em seguida juntou-se a Naná Vasconcelos, Nelson Angelo e Franklin para formar o Quarteto Livre, grupo que acompanhou Geraldo Vandré até o exílio deste.

Na seqüência Geraldo reencontrou Alceu Valença, um velho amigo de Pernambuco, e os dois defenderam a canção 78 Rotações em um festival de música.

A participação levou a dupla a participar do Festival Internacional da Canção de 1972, no Rio de Janeiro, com a música Papagaio do futuro. Ao lado do lendário cantor popular Jackson do Pandeiro, eles tiveram uma apresentação notável no festival, e logo foram contratados pela gravadora Copacabana.

Estréia

O disco de estréia, Alceu Valença & Geraldo Azevedo, foi lançado no mesmo ano. De lá para cá foram 19 discos, participações em trilhas de novelas (Gabriela e Saramandaia), espetáculos de teatro (Lampião no inferno) e cinema (Cangaceiro), e muitos altos e baixos na carreira. Os três discos da série O grande encontro o colocaram de novo em evidência, e o artista chega em Curitiba com gás total. Nem curitibano vai conseguir ficar parado.

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O Espaço Calamengau fica na Rua Roberto Barrozo, 1.190. Ingressos a 15 reais, à venda no Café do Teatro, Armazém do CD e no local.

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