Ela agradece aos céus. “Tive sempre muita sorte”, diz Geraldine Chaplin. No começo dos anos 1960, sem saber direito o que queria da vida, resolveu ser atriz. “O sobrenome ajudou bastante”, admite. “Logo tinha um agente e, no segundo filme, já estava na Espanha, participando de uma superprodução.” Geraldine fala de Doutor Jivago, que David Lean adaptou do romance de Boris Pasternak. Mesmo não sendo o melhor Lean, tem a marca do grande diretor. “Ele era meticuloso, um perfeccionista. Me ensinou muito”, conta. Quando o repórter cita Lawrence da Arábia, ela atira a cabeça para trás e revira os olhos. “Magnífico!”

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Geraldine Chaplin está em Brasília – até domingo, 31. Veio para ser homenageada no 3.º BIFF, Brasilia International Film Festival, que acontece até dia 6 com mostra competitiva e as homenagens a Geraldine e a seu pai, o grande Charles Chaplin. Comemora-se este ano o centenário de Carlitos e o BIFF exibe alguns de seus clássicos. Também exibe seis filmes interpretados por Geraldine, incluindo Doutor Jivago, que a trouxe pela primeira vez ao País. “Em 1965!”, ela exclama. Geraldine lembra um pouco Rita Lee. Aos 70 anos, pinta o cabelo e usa um figurino de jovem. Poderia ser chamada de sem noção, mas é tão encantadora que o repórter fica siderado durante a entrevista, que dura bem mais que os 10 minutos inicialmente combinados. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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