George Israel lança CD de parceria com Cazuza

Julho de 2010 marca os 20 anos da morte de Cazuza. Mais do que um mero cantor e compositor, Cazuza transformou sua obra num símbolo da cultura nacional dos anos 80. Desmembrar seus versos – e transformá-los em novas versões – é como mexer num vespeiro. Para lembrar o amigo, George Israel, saxofonista do Kid Abelha, reabre o baú do poeta, morto em 1990.

Israel, que completa 50 anos nesta semana, não só foi amigo de Cazuza, como foi seu parceiro em 17 canções. Em seu novo CD, ele traz 13 parcerias, das mais conhecidas, como “Brasil” e “Solidão que Nada”, a ouras menos divulgadas, como “Andróide sem Par”.

O que poderia soar como mero oportunismo, para Israel, surgiu como um projeto natural: “Nem havia me dado conta dessa data”, disse, ao JT, o cantor e saxofonista. “Este disco surgiu mais como um pedido dos meus filhos (Léo Israel e Fred Israel, que tocam bateria e baixo, respectivamente, na faixa Blues do Ano 2000),que sempre foram muito fãs do Cazuza.”

Para a empreitada, Israel juntou ao amigo Dadi (primeiro baixista do Barão Vermelho, banda de Cazuza) e chamou novos e velhos parceiros. “Você Vai Me Enganar Sempre 2”, faixa que abre o CD, é uma canção inédita, achada numa fita K7 por Israel, na qual a voz de Cazuza vem recuperada. Nela, também, o baixista de Bob Marley, Family Man, faz uma participação especial. “Brasil”, a faixa mais conhecida da dupla, ganha o tempero do rap de D2 e de Elza Soares, que, segundo Israel, é a “voz do Brasil”.

Loucura e timidez

Israel lembra que conheceu Cazuza no Arpoador, no início dos anos 80. “Ele era um fio desencapado, não parava nunca. Mas tinha seus momentos de timidez quando estava careta. Tenho uns vídeos dos bastidores de shows que fizemos juntos (Barão Vermelho e Kid Abelha) que são sensacionais. Ele está sempre pilhado”. Israel pretende levar essas filmagens para um futuro DVD, que será gravado no show de lançamento do Rio de Janeiro, hoje à noite. São Paulo poderá assistir a uma prévia da apresentação na sexta, no Sesc Pompeia, com a participação de Paulo Ricardo. “É um pré-lançamento. Ainda quero levar para São Paulo o show completo, com cenário e todos os convidados, como vou fazer no Rio.”

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