Gema Brasil foge à regra dos programas culinários

Reunir-se com um grupo de amigos ou saborear seu prato preferido. O apresentador Rodolfo Bottino ainda não decidiu qual é o seu programa favorito. Na dúvida, faz os dois. Dentro e fora da televisão. No “Gema Brasil”, eleito “Melhor Programa Feminino” no “Melhores & Piores 2002” de TV Press, ele recebe convidados para um animado bate-papo. Durante a prosa, ainda prepara uma fina iguaria para o visitante do dia. “Adoro encontros à mesa. Mas, com a vida louca que a gente leva, esses encontros estão cada vez mais raros…”, lamenta.

Na tevê, Rodolfo Bottino é quase uma exceção da regra. Todos os demais programas femininos, como “Mais Você”, da Globo, e “Dia Dia”, da Band, são apresentados por mulheres. Para ele, o sucesso do “Gema Brasil”, da Rede Brasil, se deve ao tom leve e despretensioso. Não só das receitas em si – todas elas de fácil preparo -, mas da própria entrevista que serve de “recheio” ao programa. “A única pretensão que tive foi a de fazer um programa sincero. A câmara não mente nunca. Se você usa de honestidade, o público dá valor ao que você faz”, ensina.

Nome:

Rodolfo Bottino.

Nascimento:

Em 11 de fevereiro de 1959, no Rio de Janeiro.

Primeiro trabalho na tevê:

A novela “Livre para Voar”, de Walter Negrão, exibida em 1984.

Atuação inesquecível:

“Qualquer uma do Marcello Mastroianni. Mas, se tivesse de citar um filme, citaria ?Esposamante?”.

Momento marcante:

“O momento que estou vivendo é muito marcante. Não é fácil apresentar um programa independente em duas emissoras. Esta talvez seja a maior vitória da minha vida”.

A que gosta de assistir:

“Sessão da Tarde”. “Principalmente quando está um calorzão lá fora e eu tô em casa, deitado no ar condicionado e comendo pipoca”.

A que nunca assistiria:

Programas de fofoca. “Acho um horror!”.

O que gostaria que fosse reprisado:

“Adoro filmes de quinta categoria italianos, como ?O Incrível Exército de Brancaleone? e ?Cinco Amigos?. Infelizmente, eles não passam mais…”.

Livro de cabeceira:

“Não tenho um específico. Mas, geralmente, leio de tudo: de Sidney Sheldon a Jean-Paul Sartre”.

Vídeo de cabeceira:

“Noites de Cabíria”, de Federico Fellini. “Já deu para perceber que eu quase não gosto de cinema italiano, não é mesmo?”.

Vexame:

“Quando fui apresentar o ?Prêmio Profissionais do Ano? e levei um tombo ao subir no palco. Não vi um degrau na coxia e fui parar no colo da Cláudia Raia. O público achou que fazia parte do script e aplaudiu de pé!”.

Arrependimento:

“Não chega a ser arrependimento, mas eu poderia ter concluído o curso de Engenharia na UFF”.

Projeto:

“Arranjar um patrocínio para o ?Gema Brasil?. Tá difícil trabalhar com pouco dinheiro”.

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