Gata faz sucesso em um ambiente cheio de “cuecas”

O ambiente do Canal Combate, formado por um time de 24 homens, que dividem o escritório na sede da Globosat, no Rio, é tão masculino que os funcionários chamam o espaço de borracharia. Apesar de as meninas -apresentadoras, repórteres e produtoras -serem minoria, elas dizem não sofrer preconceito nem ser alvo de piadas machistas. O território dos marmanjos inclui ainda uma sala com uma mesa de futebol de botão, cadeira para shiatsu e televisão, que eles podem usar no meio do expediente.

De um mês pra cá, a equipe feminina ganhou um reforço que até os marmanjos respeitam. Kyra Gracie, consagrada pelo sobrenome da família e carreira vitoriosa no jiu-jitsu, a bela morena ganhou as telas como comentarista do Sportv e canal Combate em transmissões do UFC.

A primeira transmissão em que sua voz foi ouvida nos microfones foi na derrota de Júnior Cigano para Cain Velásquez, pelo cinturão dos pesos pesados, no dia 29 de dezembro. No último sábado, participou do UFC on FOX, que teve a vitória de Glover Teixeira sobre Rampage Jackson. Ela não está escalada para o evento de sábado, mas já sabe que deve voltar aos microfones em aproximadamente um mês.

“Tenho que melhorar em vários aspectos, mas melhorei bastante do primeiro para o segundo evento. Estou fazendo fono para poder me expressar melhor e falar com mais clareza. Procurei depois que pintou o convite. Não tinha problemas com a fala, mas ajuda mais em vários aspectos”, contou ela num entrevista ao UOL.

“Tenho visto cada vez mais lutas, estudado mais os lutadores, pegando termos mais técnicos. Recebo elogios e críticas. Mas na televisão ainda sou faixa branca”, brincou, bem humorada.

Pentacampeã

Kyra assumiu a função sem nunca ter feito uma luta de MMA na carreira. Especialista em jiu-jitsu, modalidade na qual é pentacampeã mundial, tem feito tem aulas de boxe e de outras modalidades em pé para completar seu jogo.

Isso tem ajudado a dar suporte para os comentários de MMA. Mas, segundo a própria lutadora, a falta de uma experiência profissional na parte em pé ainda faz com que se sinta bem mais à vontade quando a luta ocorre no chão. Em alguns de seus comentários nas transmissões, chegou até a dizer que torce para que luta vá para baixo.

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