A cantora Gaby Amarantos falou de racismo, empoderamento feminino e igualdade social durante o Programa do Porchat, que foi ao ar nesta quarta-feira, 4. Conhecida por suas opiniões fortes e sinceras, a paraense não fugiu dos temas fortes e falou sobre todos em conversa com o comediante.

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Gaby afirmou, por exemplo, que procura usar sua popularidade de artista e figura pública para mostrar temas relevantes. “Eu gosto de mostrar as coisas que são importantes e que eu sou uma pessoa normal. [Mas] As pessoas levam muito a sério tudo o que a gente fala, então tem que ter muita cautela para dar opinião”, explicou, dizendo que não se priva de falar o que pensa sempre que julga necessário. “Eu sempre fui uma artista que deu opinião, nunca fui uma artista que se acovardou ou deixou a sociedade oprimir”, declarou.

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Entre os temas, claro, estão racismo, preconceito contra a mulher e os índios. A cantora relembrou, por exemplo, uma participação em um episódio do programa “Saia Justa”, do GNT, em que falaram sobre a solidão da mulher negra. “Eu chorei muito, me emocionei muito, porque é um assunto que agora a gente está começando a falar no Brasil”, contou. “A maioria dos homens brasileiros cresceram [sic] vendo a mulher branca, do olho azul, magra, como a mulher para casar, porque a mulher negra era a empregada doméstica, ou era a mucama como hoje é a babá”, refletiu, completando: “Hoje, a gente começa a ver essa mulher negra como uma parceira, alguém para amar. Estamos aqui para ser amadas”, afirmou.

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Gaby também contou que sofreu racismo desde pequena, mas nunca achou que tinha espaço para lutar contra isso. Hoje, enxerga diferente e trabalha para dar mais representatividade – sua banda, por exemplo, é composta por mulheres negras. “A gente só quer igualdade, sabe, entre negros e brancos, homens e mulheres, não tirar o lugar de ninguém. A gente só quer existir, poder ser médico, juiz”, afirmou.

Para ela, esse movimento de encontrar o espaço de direito está só começando. E ainda mandou um recado: “A palavra empoderamento é muito importante. Tem gente que tem raiva, [diz que] não aguenta mais, é gente que não quer ver a igualdade chegar no Brasil, é gente que não quer ver o negro, a negra, em um lugar de poder. [Mas] não tem mais volta”.