Chegam às livrarias duas obras do coordenador de Mobilização Nacional do Programa Fome Zero e amigo pessoal do presidente Lula, Frei Betto: um lançamento infantil – A Menina e o Elefante (Mercúrio Jovem, 40 págs., R$ 20), com ilustrações de Caco Galhardo, e o relançamento de Comer como um frade – divinas receitas para quem sabe por que temos um céu na boca (José Olympio, 152 págs., R$ 28).
Em A Menina e o Elefante, Frei Betto discute questões políticas e sociais a partir da história de Afrânio, um elefante que sabia dançar e cantar maravilhosamente em um circo, até que se depara com uma dura realidade: o abandono. O circo fechou, não resistiu à concorrência com o picadeiro eletrônico. Só resta a Afrânio ir morar em um apartamento, passa a ser o bichinho de estimação de Mariana, sua maior defensora.
Não demorou muito para os moradores do prédio implicarem com o pobre Afrânio e criarem a AAA – Aliança Anti-Afrânio, com a intenção de expulsá-lo dali. Nem uma boa ação ou qualquer outra atitude do paquiderme conseguiu aplacar a fúria dos seus inimigos. O final dessa trama é redentor.
Comer como um frade… apresenta saborosas receitas bem brasileiras, sem sofisticação e fáceis de preparar. A incursão de Frei Betto pela gastronomia ocorreu de maneira inusitada: como preso político durante a ditadura militar, recebia receitas e ingredientes enviados por sua mãe. Na prisão chegou a cozinhar para 50 pessoas.