mais-pop

Flip 2018: data, programação, ingressos e tudo sobre o evento

A 16ª Festa Literária Internacional de Paraty abre, no dia 26, às 11 horas, a venda dos ingressos para o evento que será realizado de 25 a 29 de julho. As entradas custam R$ 55 e podem ser adquiridas no site da Tickets for Fun e nos pontos de venda indicados também no site da empresa.

Flip 2018: data, programação, ingressos e tudo sobre o evento

Flip 2018 anuncia programação e venda de ingressos Foto: Ibere Perisse

Com curadoria, pelo segundo ano, da jornalista Josélia Aguiar, a Flip 2018 recebe 33 convidados brasileiros e estrangeiros – 17 mulheres e 16 homens. Entre os destaques estão o americano Colson Whitehead, vencedor do Prêmio Pulitzer de ficção com o romance The Underground Railroad – Os Caminhos Para a Liberdade, lançado no Brasil em 2017, a francesa de origem marroquina Leïla Slimani, autora de Canção de Ninar, e o franco-congolês Alain Mabanckou, que lançou aqui Memórias de um Porco-Espinho.

Entre os autores brasileiros convidados, destaque para Sérgio San’Anna, Djamila Ribeiro, Laura Erber e Juliano Garcia Pessanha. Fernanda Montenegro e de Jocy de Oliveira estarão juntas no palco, na abertura da festa. Veja a programação completa da Flip 2018 abaixo.

O evento presta homenagem este ano para a poeta Hilda Hilst.

Data

A Flip 2018 será realizada entre os dias 25 e 29 de julho, em Paraty. No ano passado, os debates ocorreram numa igreja na Praça da Matriz porque não havia verba para o aluguel da grande tenda, onde a Flip era feita tradicionalmente. Em 2018, a organização volta a construir uma tenda, mas menor que as anteriores – este ano ela terá cerca de 450 lugares antes os cerca de 700 de outras edições. Ela será montada na Praça da Matriz. Haverá, ainda, a tenda do telão, com ingressos distribuídos gratuitamente.

Ingressos

Os ingressos para a Flip 2018 vão custar R$ 55 (R$ 27,50 meia) e poderão ser comprados no site da Tickets For Fun ou em pontos de venda indicados pela empresa também em seu site a partir das 11 horas do dia 26 de junho. É necessário fazer um cadastro antes. Para as mesas mais concorridas, é comum que os ingressos se esgotem em poucos minutos. Do dia 25 de julho em diante, os ingressos, se sobrarem, serão vendidos apenas em Paraty, na bilheteria oficial localizada na Praça da Matriz.

Programação paralela

Haverá cerca de 20 ‘casas’ espalhadas por Paraty, que organizam uma programação paralela que vem ganhando força ao longo dos anos e atendem um público que não consegue, ou não pode, comprar ingressos para as mesas de debate da programação oficial. Um dos destaques será a Casa Hilda Hilst, na Praça da Matriz. Sesc, editoras e institutos culturais também organizam eventos, mas ainda não divulgaram suas agendas.

Programação

Quarta, 25 de julho

20h – Mesa 1 – Sessão de abertura: Hilda, Fernanda e Jocy Fernanda Montenegro e Jocy de Oliveira

Três artistas geniais da mesma geração celebram a arte mais transgressora: Hilda Hilst, homenageada da Flip 2018, Fernanda Montenegro, uma das maiores atrizes brasileiras, e Jocy de Oliveira, pioneira na música de vanguarda hoje dedicada à ópera multimídia.

Quinta, 26 de julho

10h – Mesa 2 – Performance sonora

Gabriela Greeb e Vasco Pimentel

A voz, a escuta e as divagações literárias e existenciais de Hilda Hilst registradas em fitas magnéticas na década de 1970 são apresentadas pela cineasta Gabriela Greeb e o sound designer português Vasco Pimentel.

12h – Mesa 3 – Barco com asas

Júlia de Carvalho Hansen, Laura Erber e Maria Teresa Horta (em vídeo)

Esse diálogo inusitado reúne, por vídeo, um grande nome da poesia de Portugal do último meio século e, em Paraty, duas poetas brasileiras influenciadas pela lírica portuguesa que têm pontos em comum com Hilda Hilst.

15h30 – Mesa 4 – Encontro com livros notáveis

Christopher de Hamel

A religião, a magia, a luxúria e a leitura na época medieval se apresentam nas páginas do Evangelho de Santo Agostinho, do Livro de Kells e de Carmina Burana, comentadas pelo maior especialista do mundo nesses manuscritos.

17h30 – Mesa 5 – Amada vida

Djamila Ribeiro e Selva Almada

Uma ficcionista argentina que escreveu sobre histórias reais de feminicídio e uma feminista negra à frente de uma coleção de livros conversam sobre como fazer da literatura um modo de resistir à violência.

Da perda

Performance de Bell Puã, slammer pernambucana, a partir de tema de Hilda Hilst.

20h – Mesa 6 – Animal agonizante

Sergio Sant’Anna e Gustavo Pacheco

Um grande mestre da literatura brasileira que abordou o desejo, a solidão e a morte relembra sua trajetória ao lado de um leitor seu e autor estreante elogiado pela crítica portuguesa com histórias de humanos e outros primatas.

Sexta, 27 de julho

10h – Mesa 7 – Poeta na torre de capim

Ligia Fonseca Ferreira e Ricardo Domeneck

A falta de leitores e o silêncio da crítica, como reclamava Hilda Hilst: para esse debate, encontram-se a grande especialista no poeta negro Luiz Gama e um poeta e editor atento a nomes ainda fora do cânone, como Hilda Machado, que morreu inédita em livro

12h – Mesa 8 – Minha casa

Fabio Pusterla e Igiaba Scego

Fazer literatura tendo uma língua comum – o italiano – e diferentes aportes, fronteiras e paisagens geográficas e literárias: nesse diálogo, reúnem-se o poeta de um país poliglota, que é tradutor do português, e uma romancista filha de imigrantes da Somália, que escreveu sobre Caetano Veloso.

15h30 – Mesa 9 – Memórias de porco-espinho

Alain Mabanckou

O absurdo e o riso, Beckett, culturas africanas, escrita criativa e crítica da razão negra: a trajetória e o pensamento de um poeta e romancista franco-congolês premiado se revelam nessa conversa com dois entrevistadores.

17h30 – Mesa 10 – Interdito

Do desejo | performance do escritor e artista visual paulista Ricardo Domeneck a partir de tema de Hilda Hilst.

André Aciman e Leila Slimani

O exercício da liberdade de escrever e a escolha de temas tabu ou proibidos – a exemplo do homoerotismo, da sexualidade feminina e da religião -são as questões tratadas nesse diálogo entre dois romancistas, um judeu americano de origem egípcia e uma francesa de origem marroquina.

20h | Mesa 11 | A santa e a serpente

Eliane Robert Moraes e Iara Jamra

A obra de Hilda Hilst em poesia e prosa é vista tanto em sua dimensão corpórea quanto mística por uma ensaísta que atua na fronteira entre a literatura e a filosofia, enquanto são feitas leituras por uma atriz que encarnou a sua personagem mais famosa – Lori Lamby.

Sábado, 28 de julho

10h – Mesa 12 – Som e fúria

Jocy de Oliveira e Vasco Pimentel

A escuta e a criação de universos sonoros: para esse diálogo, encontram-se uma das pioneiras da música de vanguarda no país, hoje dedicada à ópera multimídia, e um sound designer português – os dois conhecidos pelo rigor e pelo preciosismo.

12h – Mesa 13 – O poder na alcova

Simon Sebag Montefiore

Historiador britânico best-seller que publicou biografias de Stálin, dos Romanov e, agora, de Catarina, a Grande, conta, nessa conversa com dois entrevistadores, como faz para retratar figuras centrais da política em seus pormenores mais íntimos.

15h30 – Mesa 14 – Obscena, de tão lúcida

Isabela Figueiredo e Juliano Garcia Pessanha

Uma romancista portuguesa nascida em Moçambique que tratou de temas como o racismo e a gordofobia se encontra com um narrador de gênero híbrido e filosófico para discutir a escrita de si, os diários e as memórias, o corpo e o desnudamento.

17h30 – Mesa 15 – Atravessar o sol

Colson Whitehead e Geovani Martins

O americano vencedor do Pulitzer com um romance histórico sobre escravizados que construíram sua rota de fuga se encontra com um estreante que, da favela do Vidigal, inventa com liberdade seu jeito de narrar e usar as palavras.

Cantares do sem nome

Performance do poeta e artista visual maranhense Reuben da Rocha a partir de tema de Hilda Hilst.

20h – Mesa 16 – No pomar do incomum

Liudmila Petruchévskaia

Um dos grandes nomes da literatura russa moderna, comparada a Gogol e Poe por seus contos de horror e fantasia que não dispensam o teor político, relembra sua trajetória proibida por décadas no regime stalinista, hoje aclamada de Moscou a Nova Iorque.

Domingo, 29 de julho

10h – Mesa Zé Kleber – De malassombros

Franklin Carvalho e Thereza Maia

Um narrador do sertão baiano que abordou a mitologia da morte em seu premiado romance de estreia se encontra com uma folclorista que recolheu histórias orais de Paraty, em um diálogo sobre o território e seus encantados.

12h – Mesa 17 – Sessão de encerramento: O escritor e seus múltiplos

Eder Chiodetto, Iara Jamra e Zeca Baleiro

Uma atriz, um compositor e um fotógrafo que fizeram obras baseadas em Hilda Hilst relembram os encontros com a autora, o processo de criação e as marcas que a experiência deixou em suas trajetórias.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo