Filósofo francês cita autor fictício em obra

O intelectual francês Bernard-Henri Levy foi enganado em seu mais novo livro, ao citar o trabalho de um filósofo inventado em sua obra lançada ontem. No livro “De la Guerre en Philosophie” (Sobre a guerra na filosofia), Levy usou uma citação de um livro escrito por Jean-Baptiste Botul, uma criação fictícia do jornalista Frederic Pages.

A gafe foi revelada pelo site do semanário Le Nouvel Observateur esta semana. O fato gerou uma série de brincadeiras pela internet tendo Levy como alvo. O filósofo é uma espécie de superstar intelectual na França.

O próprio Levy admitiu o erro, fazendo graça da confusão. “Eu aprendi hoje pela internet…que era uma burla”, disse ele ao Canal Plus na segunda-feira. Levy parabenizou Pages, dizendo que acreditava que seu livro de 1999, “A vida sexual de Emmanuel Kant”, era “maravilhoso”. A obra foi assinada sob o pseudônimo de Jean-Baptiste Botul.

“Viva Frederic Botul, viva Frederic Pages”, concluiu Levy, citando juntamente o nome do jornalista e de sua criação.

Na quarta-feira, Pages gentilmente ironizou o filósofo, ao notar que “com dois cliques do mouse na internet, qualquer um pode saber que Botul é um personagem fictício”.

Pages escreveu vários livros sob o nome fictício de Botul, incluindo um sobre um assassino em série francês, Henri-Desire Landru, intitulado “Landru, Precursor do Feminismo”.

Com seus cabelos revoltos, bronzeado permanente e suas camisas brancas muitas vezes desabotoadas, Levy é uma figura pública bastante conhecida na França. O filósofo é famoso tanto por seu estilo de vida como por seu trabalho, já tendo sido descrito como o “profeta provocador da França” em um perfil da revista Vanity Fair.

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