Com tradução, introdução e notas de J. Cavalcante de Souza, os leitores deparam-se com Platão em O Banquete ou do Amor (192 páginas), obra dotada de um sopro de realismo e vivacidade que muitas vezes não são levados em conta nos outros diálogos platônicos, dando à obra um misto de simplicidade e beleza. Com ela a editora Difel visa a proporcionar aos especialistas e àqueles que se interessam pelos estudos filosóficos os melhores textos greco-latinos traduzidos diretamente de suas fontes originais.
O Banquete fala de um Agatão, jovem poeta que decide festejar sua primeira tragédia premiada. Amigos são convidados à sua casa para um banquete – festa na qual os homens gregos reuniam-se para comer, beber, ouvir música, conversar. Os convidados resolvem então instituir outro concurso, oratório dessa vez, e em conseqüência cada um deles faz um discurso de elogio ao Amor, a divindade q ue presidia aquela ilustre e jovial sociedade. Seis desses discursos são reproduzidos a um grupo de amigos por um narrador. Um sétimo discurso é proferido pelo jovem e belo Alcebíades, que, ao chegar atrasado e bêbado, faz uma desesperada declaração de amor a Sócrates, que, no entanto, prefere outros a ele, o que o faz se sentir não correspondido no afeto que lhe dedica.