Filo vai reunir 55 espetáculos nacionais e estrangeiros

Começa nesta sexta-feira (03) mais uma edição do Festival Internacional de Londrina (Filo). Com 38 anos de existência – dá para dimensionar a importância disso numa cidade como Londrina, no interior do Paraná, que tem apenas 70 de existência? -, esse que é o mais antigo festival internacional de artes cênicas do País, surpreende a cada ano pela alta qualidade de sua programação. E olha que edições anteriores já contaram com nomes como o do japonês Kazuo Ohno, do dinamarquês Eugenio Barba, do argentino Aristides Vargas, entre outros diretores estrangeiros de renome, sem falar de importantes grupos nacionais como, por exemplo, o Teatro da Vertigem, de Antônio Araújo, ou o Piolim, de Luiz Carlos Vasconcelos.

Na programação deste ano, volta à cidade o Odim Theatret desta vez trazendo um espetáculo baseado no livro "Cartas ao Vento", de Antonio Tabucchi, dirigido por Barba. A programação conta ainda com um dos mais importantes grupos de teatro contemporâneos, o alemão Volksbühne, que mostra nada menos do que uma montagem de "Luta de Cães e Negros", do francês Bernard Marie-Koltès, peça que ainda não recebeu no Brasil encenação de destaque, como já ocorreu com outros textos desse autor, como "Na Solidão dos Campos de Algodão" e Roberto Zucco.

Outro importante grupo, também de renome internacional, o chileno La Troppa, traz o espetáculo "Gemelos" para integrar a programação que começa na sexta-feira, com a apresentação do premiado solo "A Poltrona Escura", interpretado pelo brasileiro Cacá Carvalho e dirigido pelo italiano Roberto Bacci.

Até o dia 19, o Filo vai reunir na cidade 55 diferentes espetáculos, nacionais e estrangeiros, – de dança, teatro e até shows musicais. Além de Alemanha, Dinamarca e Chile, participam grupos de países como Rússia, Argentina, Portugal, Bolívia, Estados Unidos, Peru, Suíça e Espanha.

Além da qualidade da programação, a boa notícia fica por conta de uma parceria feita entre o festival e as unidades do Centro Cultural Banco do Brasil do Rio e de Brasília, que levarão aos seus teatros – e seu público – o melhor da programação internacional do evento.

Alguns espetáculos, como "Gemelos", do La Troppa, vão estender a excursão, além de Rio e Brasília, por Curitiba e Belo Horizonte. Pena que até agora não haja planos para que a programação se estenda a São Paulo. "Londrina fica tão pertinho. Os paulistanos podem vir até aqui", convida Luiz Bertipaglia, curador do evento e presidente da Associação dos Amigos da Educação e Cultura do Norte do Paraná (Amen), entidade responsável pela realização do festival em parceria com a Universidade Estadual do Paraná. Com orçamento de R$ 1,6 milhão, tais parcerias acabam sendo fundamentais para a consistência da programação. "Público e artistas saem ganhando com a divisão de custos propiciada por essas parcerias", observa Bertipaglia.

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