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Filmes para se entender o Brasil e o mundo

O filme Mike Wallace Está Aqui, de Abi Belkin, inaugura nesta quarta-feira, 3, para convidados, o 24º Festival Internacional de Documentários É Tudo Verdade. Obra retraça a importância do jornalista que revolucionou a arte da entrevista primeiro no rádio, depois na TV dos EUA, confrontando de forma altiva e dura algumas das figuras mais importantes do século 20.

Como entrevistador, no programa 60 Minutos, Wallace seguiu fazendo história e o filme resgata não apenas o homem público como enfoca seu drama mais pessoal – a morte do filho, que o devastou, intimamente. Mike Wallace Está Aqui abre o É Tudo Verdade em São Paulo, e o festival prossegue até dia 14 exibindo mais 65 títulos em sessões gratuitas.

No Rio, a abertura será no dia 8 – e o festival vai até o domingo, 14 -, com o filme Memórias do Grupo Opinião, de Paulo Thiago, que reconta a história do coletivo teatral, derivado do Centro Popular de Cultura, que marcou a resistência contra a ditadura militar de 1964.

Com orçamento igual ao do ano passado – R$ 2,2 milhões -, o festival deste ano será um pouco maior. O diretor do evento, Amir Labaki, contabiliza – serão 66 filmes, contra 55 em 2018, e 22 estreias mundiais. Volta o ciclo informativo O Estado das Coisas e o É Tudo Verdade de 2019 contempla duas retrospectivas, contra apenas uma no ano passado. O francês Claude Lanzmann e o brasileiro Nelson Pereira dos Santos são os autores homenageados. A retrospectiva de Nelson é uma parceria com o Instituto Moreira Salles, destacando a produção documental do grande diretor que morreu em abril de 2018. A de Lanzmann, com o Consulado da França no Rio, trará seus últimos documentários, uma série de retratos que fez com sobreviventes da Shoah.

Não faltarão importantes convidados internacionais – Santiago Lopez, produtor de A Liberdade É Uma Grande Palavra, que participa da competição latino-americana; Josefina Morandé (diretora) e Consuelo Castillo (produtora), de Hoje e Não Amanhã; Sérgio Morkin, de Maricarmem; e Daniel Rosenfeld, de Piazzolla – Os Anos do Tubarão, também na competição latina; Cathérine Hébert, montadora de Ziva Postec – A Montadora por Trás do Filme Shoah, na competição internacional de longas; Iban Colón, diretor de Em Nossa Casa; e Adrienne Gruben, diretora de Lily, ambos na competição internacional de curtas-metragens; e Cordelia Dvorak, diretora de Marceline – Uma Mulher, Um Século, sobre a escritora e cineasta Marceline Loridan-Ivens, companheira do lendário Joris Ivens, na mostra O Estado das Coisas.

Em São Paulo, o festival ocorrerá em quatro espaços – Istituto Moreira Salles (IMS), Centro Cultural São Paulo (CCSP), Itaú Cultural e Sesc 24 de Maio. No Rio, em dois – IMS e Estação NET Botafogo. As sessões serão todas gratuitas e, após o fim do festival nas duas capitais, haverá uma itinerância por cinco unidades do Sesc no interior de São Paulo – Araraquara, Jundiaí, Santos, São José dos Campos e Sorocaba.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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