Filme sobre Lula será levado para público de baixa renda

Lançado há exatos dois meses, “Lula, o Filho do Brasil” deveria, na verdade, entrar em cartaz esta semana, avalia Paula Barreto, produtora do filme dirigido por Fabio Barreto, seu irmão.

Erros foram cometidos, segundo ela – não só a data de estreia, em meio às férias escolares, mas também a sessão no Festival de Brasília, em novembro, que contribuiu para sua politização, praga que prejudicou seu desempenho.

Mas agora é hora de agir: a partir deste mês, o filme sobre a vida do presidente da República será exibido para espectadores que não têm renda para frequentar salas de cinema convencionais.

É uma forma de chegar perto da expectativa inicial, de 5 milhões de pessoas – até agora, foram 860 mil, segundo Paula. Ou seja, apesar de um resultado acima da média nacional, o número representa só 17% do previsto.

No dia 13, a exibição será na localidade de Alvorada, na periferia de Porto Alegre; no dia 26, em Campo Limpo, na capital paulista, em Belford Roxo, cidade da Baixada Fluminense, e num ponto ainda não definido na periferia do Recife.

Trata-se de um projeto-piloto da produtora LC Barreto que deve ser estendido, de modo a levar este e outros filmes nacionais a 70 milhões de brasileiros que vivem em 1.263 municípios com população entre 20 mil e 500 mil habitantes, e que não contam com oferta de cinemas.

As entradas devem custar entre R$ 1 e R$ 4 (o valor vai variar de acordo com o poder aquisitivo da população). As exibições serão sob lonas, e vão ser utilizadas estruturas de cinema volante que já existem nesses lugares.

A LC Barreto está conversando com produtores para levar outros filmes a essas telas – Cacá Diegues gostou da proposta de exibir “Deus É Brasileiro”; Pedro Rovai, de mostrar “Tainá”. O projeto ainda não tem patrocínio. A ideia é que as prefeituras se envolvam, para que os custos se reduzam.

Não se trata da tábua de salvação de Lula. “Já tínhamos essa ideia antes de o filme entrar em cartaz. Não é que a gente esteja fazendo isso para que se chegue a determinado número de espectadores. A gente quer é que o filme seja visto”, afirma Paula, que sempre foi mais comedida em suas estimativas (esperava que o público ficasse em torno de um milhão). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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