O drama Boy Erased: Uma Verdade Anulada tinha estreia anunciada no Brasil para o dia 31 de janeiro pela Universal Pictures. A empresa, porém, cancelou o lançamento e deve divulgar o filme no País apenas para home video. A decisão pegou mal e o próprio Garrard Conley, ativista cujo livro inspirou o filme, falou em “censura”. A empresa alega que a decisão foi tomada “única e exclusivamente por uma questão comercial baseada no custo de campanha de lançamento versus estimativa de bilheteria”.
Baseado no livro de memórias do ativista americano e dirigido por Joel Edgerton, o longa foi indicado para o Globo de Ouro nas categorias melhor ator de drama, pela atuação de Lucas Hedges, e melhor música para filmes (e acabou não levando nenhum dos dois, e também não levou nenhuma das esperadas indicações ao Oscar). Russel Crowe e Nicole Kidman completam o elenco.
A trama conta a história do jovem gay Jared Eamons (Hedges), filho de Marshall Eamons (Crowe), pastor de uma cidade conservadora do Arkansas, e da religiosa Nancy Eamons (Kidman). Segundo sinopse divulgada pela própria Universal, em dezembro de 2018, “quando confrontado pela família sobre sua sexualidade, (o personagem) se vê pressionado a escolher entre perder seus familiares e amigos ou se submeter a um programa de terapia que busca a ‘cura’ da homossexualidade”.
Garrard Conley – cujo livro Boy Erased foi lançado agora no Brasil pela editora Intrínseca – se mostrou descontente nas redes sociais com o ocorrido. “Boy Erased censurado no Brasil. Sentia que isso poderia acontecer e é muito triste que esse tipo de coisa esteja acontecendo num país tão maravilhoso”, escreveu.