Os protagonistas do filme “Polícia Federal – A lei é para todos” se preparam para o ápice das gravações: a reconstituição da condução coercitiva do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva.
O capítulo mais tenso e importante da Lava Jato – operação que inspira “a lei é para todos” – ocorreu no dia 4 de março de 2016. Por ordem do juiz federal Sérgio Moro, o petista foi levado pela PF para depor em uma sala no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo.
A gravação da mais espetacular ação da Lava Jato será protagonizada por Ary Fontoura, ator que representa o ex-presidente, na véspera do carnaval.
“Já rodamos mais de 70% das gravações”, informou o produtor Tomi Blazic. “O set de filmagens mobiliza cerca de 300 pessoas. Vamos terminar as gravações em São Paulo com a condução coercitiva do Lula, passando pela marginal do Pinheiros, Paulista, todo o processo do comboio e os deslocamentos da Polícia Federal até o aeroporto.”
O delegado da PF que conduziu Lula será interpretado por João Baldasserini.
Tomi destacou que “PF – A lei é para todos” está orçado em R$ 14,8 milhões. O produtor negou que o empresário Eike Batista – preso pela PF na Operação Eficiência, desdobramento da Lava Jato – tenha investido recursos no longa. Negou, ainda, que as filmagens tenham sido interrompidas com a prisão do empresário.
“Nunca houve isso, em hipótese nenhuma. Esse tipo de informação cria um desconforto. ‘Lei é para todos’ não tem um centavo de recurso governamental, é verba da iniciativa privada, mas de Eike Batista nada. As gravações nunca pararam. Isso é totalmente irreal”, negou Tomi.